Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
24/03/2003 - 00h15

Era Geninho já é melhor que a de Parreira no Corinthians

EDUARDO ARRUDA
LÚCIO RIBEIRO

da Folha de S.Paulo

A permanecer nesse ritmo, o técnico Geninho irá fazer o torcedor corintiano esquecer em pouco tempo seu antecessor, Carlos Alberto Parreira.

O título paulista conquistado no sábado consagrou uma equipe marcada pela eficiência, que supera até com certa facilidade os números alcançados pelo atual treinador da seleção brasileira em sua passagem pelo Parque São Jorge.

Em sua trajetória no Corinthians, Geninho contabiliza até agora 14 partidas à frente do time e um aproveitamento espantoso (83,3% dos pontos disputados). Venceu 11 vezes, empatou duas e perdeu uma única vez.

Parreira, que deixou o clube idolatrado pelos torcedores e pelos dirigentes corintianos, não conseguiu desempenho tão positivo em seus primeiros 14 confrontos. Foram oito vitórias, quatro empates e duas derrotas, ou 66,7% dos pontos.

No principal objetivo corintiano em 2003, Geninho também vai bem. Até agora, obteve 100% de aproveitamento na Taça Libertadores - três jogos e três vitórias - e praticamente assegurou vaga à próxima fase da competição continental, título ainda inédita para os corintianos.

Pouco a pouco, Geninho vai dando seu toque pessoal, deixando de lado o estilo que deu dois títulos (Rio-São Paulo e Copa do Brasil) ao Corinthians em 2002.

Por exemplo, o lado esquerdo corintiano, considerado por Parreira o "melhor do mundo", já não é mais tão explorado assim, apesar de continuar forte.

Com Parreira, mais de 35% dos gols corintianos saíam por ali. Já com Geninho, as jogadas por esse lado são as que originaram menos gols para a equipe - só 30%, contra 34,8% pelo meio e 34,8% pelo lado direito do campo.

O Corinthians de Geninho também é mais ousado que o de Parreira. Finaliza mais e melhor que o do antecessor. São 15 chutes (acerto de 37%), em média, contra 12 (acerto de 34%) do time de Parreira. Além disso, a equipe atual, que atua com mais velocidade, encontrou um novo caminho para o gol: a bola aérea.

De cabeça, os corintianos marcaram 13 dos 33 gols da temporada. No Corinthians de Parreira, a maioria dos gols ocorria pelo chão, fruto do jogo cadenciado do time. "Esse grupo é maravilhoso. Fomos o melhor time do campeonato, com uma campanha irrepreensível. Disputamos 11 partidas e perdemos apenas uma, ainda assim tivemos dois jogadores expulsos naquela partida. Eu tenho que agradecer ao Parreira, que formou esse time, mas acho que ele está cada vez mais com a minha cara", declara Geninho, que começa a cair nas graças dos torcedores e dirigentes do clube.

Neste domingo, após o inédito título paulista do treinador, os jogadores ergueram Geninho sobre seus ombros para homenageá-lo.

"Ele fez um grande trabalho. Não é fácil chegar a um time para substituir o Parreira, e o Geninho conseguiu suportar essa pressão", disse o zagueiro Fábio Luciano.

"Ex-burro" para a torcida, Geninho está em alta com a cúpula do clube. Ela avalia que o treinador atualmente não deve nada a Parreira.

Especial
  • Campeonato Paulista
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página