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02/07/2003 - 01h12

"Mutante"', Santos ignora conceito de titularidade

da Folha de S.Paulo

A participação do Santos na Taça Libertadores de 2003 contradisse um rótulo que o time da Vila Belmiro carrega desde o Campeonato Brasileiro do ano passado: o de não possuir reservas capazes de substituir os titulares e manter o padrão de jogo da equipe.

Suspensões, contusões e opção tática, nessa ordem, fizeram o técnico Emerson Leão utilizar 23 dos 26 atletas inscritos pelo clube na competição continental, tornando o revezamento de jogadores uma constante.

Até mesmo quando não houve motivo de força maior (suspensão ou contusão), Leão mudou a equipe em busca de variações.

"Estamos provando que aqui todos sabem que são titulares e que podem ser aproveitados a qualquer momento", afirmou o meio-campista Renato.

De fato, apesar de tantas mudanças, o clube brasileiro chegou invicto à final, ostentando também o melhor ataque do torneio (29 gols).

No meio do percurso, ainda teve de driblar contratempos como a lesão que afastou o atacante Ricardo Oliveira por três partidas. Mesmo assim, o jogador se manteve na ponta da artilharia do torneio, com nove gols.

Em apenas um jogo (contra o 12 de Octubre, no Paraguai, ainda na primeira fase) o técnico Leão conseguiu repetir a escalação do confronto anterior. O treinador sempre precisou mexer, em média, em pelo menos uma posição.

Na decisão desta quarta, contra o Boca Juniors, o revezamento continua: com a expulsão de Reginaldo Araújo no jogo de ida, mais uma vez o Santos será diferente. E, sem o meia Elano, terá de procurar outro "polivalente".

"Temos uma reserva de qualidade que auxilia o treinador. Tenho certeza de que quem se colocar ali [no lugar de Elano] vai se ofertar de maneira muito intensa", afirmou Leão.

A lateral direita é a posição na qual o rodízio foi mais frequente. Nada menos que quatro jogadores passaram pelo setor, entre eles Michel --que nem sequer está mais no elenco.

Se teve problemas em algumas posições, em outras Leão fez apostas altas e bancou seus jogadores menos famosos.

Como a decisão de manter o goleiro Júlio Sérgio no jogo de volta das quartas-de-final, contra o Cruz Azul, mesmo depois de o titular, Fábio Costa, ter se recuperado de uma lesão.

Foi também diante da equipe mexicana que o zagueiro Pereira acabou saindo do limbo. Ele substituiu André Luiz, contundido, e acabou não saindo mais do time titular.

Dois atacantes questionados pela torcida, William e Douglas, também tiveram a chance de sair jogando contra o Cruz Azul, um em cada jogo. Curiosamente, um substituiu o outro no intervalo.

No Campeonato Brasileiro, os reservas também deram conta do recado. No sábado passado, enquanto os titulares eram poupados para a final sul-americana, o "segundo quadro" goleava o Bahia por 4 a 0.

A atuação mereceu elogios dos titulares. "Aqui, muitas vezes alguém entra no time e logo vira destaque do jogo. Prova disso é que o pessoal que estava fora arrebentou contra o Bahia", disse o zagueiro Alex.

Onipresentes

Alguns atletas do elenco, entretanto, não participaram do rodízio e estiveram, como titulares, em todas as partidas.

São os casos do lateral Léo, do meia Diego e do atacante Robinho, titulares nos 13 compromissos disputados pela equipe.

Alex, Paulo Almeida, Renato e Elano, com 12 presenças, vêm logo a seguir. O goleiro Fábio Costa participou de 11 jogos, e o atacante Ricardo Oliveira, de dez.

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