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03/07/2003 - 01h31

Leão perde paletó e culpa "imponderável" pela derrota

da Folha de S.Paulo

O técnico Emerson Leão atribuiu ao "imponderável" o fracasso do Santos na decisão da Libertadores. Ao justificar a derrota para o Boca, afirmou: "Temos que reconhecer a superioridade do adversário. Fugimos das nossas características não por que quiséssemos, mas porque o imponderável nos empurrou para isso".

Ao final da partida, Leão fez questão de cumprimentar o colega argentino Carlos Bianchi.

O treinador, que interessa ao São Paulo, se disse satisfeito com a performance do Santos. "Estou muito orgulhoso do meu time. Se vocês vissem os vestiários, sentiriam o que é dor no coração."

Apesar da ponderação após a partida, o nervosismo de Leão, 53, ficou evidente antes e durante a final. Na chegada ao estádio do Morumbi, o técnico evitou o contato com a imprensa.

Sentado na primeira poltrona do ônibus que levou a delegação ao estádio, Leão desceu calado assim que a porta se abriu e, até que chegasse ao vestiário, não foi seguido por nenhum atleta.

No jogo, o técnico passou praticamente todo o tempo de pé e foi advertido várias vezes pelo quarto árbitro porque invadia o gramado para dar instruções aos jogadores.

No primeiro gol do Boca Juniors, marcado pelo atacante Tévez, Leão levou as mãos à cabeça, em sinal de desespero. Em seguida, deu novas orientações ao time, gesticulando muito.

Na substituição de Nenê, que entrou logo aos 30min do primeiro tempo, Leão chegou a puxar o jogador pelo braço para que ele o ouvisse atentamente. Depois, recebeu Wellington --que foi substituído, por estar, segundo o técnico, "em ponto morto"-- com um abraço emocionado.

Vestindo terno escuro e uma camisa azul com pequenas listras brancas, o técnico perdeu a paciência aos 11min da etapa final, quando atirou o paletó no banco de reservas e protestou contra uma marcação da arbitragem.

Porém nada adiantou para evitar o novo fiasco.

O fracasso manteve no currículo de Leão uma pecha: a de falhar em torneios internacionais. A exemplo do que ocorreu em sua passagem pela seleção, o técnico colecionou mais um dissabor, desta vez com seu clube.

A exceção foram duas Copas Conmebol conquistadas com Atlético-MG (1997) e Santos (1998). O torneio, entretanto, era tão inexpressivo que já foi extinto.

Na seleção, o técnico deixou o cargo (demitido no saguão do aeroporto de Narita, no Japão) apenas sete meses depois de assumir.

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