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08/07/2003
-
08h33
da Folha de S.Paulo
Com a ajuda da CBF e da Globo, o Santos entrará em campo já em 2004 para buscar o tricampeonato sul-americano, que lhe escapou das mãos na semana passada.
A medida depende apenas da oficialização, pelo Comitê Executivo da Confederação Sul-Americana, do inchaço da Taça Libertadores, que passaria a ter 36 clubes, e não mais 32, na edição 2004.
O time de Emerson Leão ocupará a quinta vaga destinada a equipes brasileiras na competição. O critério para o presente seria o fato de que o Santos foi o melhor brasileiro na Libertadores-2003.
A proposta de inchaço foi concebida pela Torneos y Competencias, que tem os direitos internacionais da competição, e apresentada à Sul-Americana, à CBF e à Globo em Paris, durante a disputa da Copa das Confederações.
Pelo acordo costurado na França, a partir de agora o time brasileiro que fizer melhor campanha na Libertadores terá vaga automática na edição seguinte.
"A Globo foi ouvida a respeito. Só aceitamos a proposta porque o Brasil ganharia uma quinta vaga e ela seria reservada ao melhor time do país no torneio", confirmou Marcelo Campos Pinto, diretor-executivo da Globo Esportes, o braço esportivo da emissora.
Pela lógica da TV, o clube brasileiro que vai mais longe na Libertadores geralmente é grande, dono de numerosa torcida e, claro, de muitos telespectadores.
Se o beneficiado fosse o vice da Copa do Brasil, seria boa a chance de clubes de menor expressão ficarem com a quinta vaga. Os exemplos históricos são vários. Times de apelo regional, como Sport Recife, Juventude, Ceará e Brasiliense já chegaram à final do torneio mata-mata da CBF.
Se a proposta de aumento de clubes passar pelo Comitê Executivo da Sul-Americana, o campeão da Libertadores deixará de ter vaga automática na edição seguinte. E isso deve acontecer, pois o formato é defendido por Ricardo Teixeira (CBF), Nicolás Leoz (Conmebol) e Julio Grondona (Associação de Futebol Argentino), assim como por quem paga a conta -Globo Esportes e TyC.
A medida valeria já para 2004, mas não afetaria o Boca Juniors, que vai defender o título como melhor representante do futebol argentino no torneio --a Argentina também vai ter cinco vagas.
Na nova distribuição geopolítica do torneio, o México passaria a ter duas vagas efetivas. Hoje tem que passar por seletiva com times venezuelanos, que voltariam a ter duas equipes garantidas.
A diretoria do Santos foi informada da decisão antes mesmo da derrota na final com o Boca Juniors, na última quarta-feira. Grande aliado e eleitor de Ricardo Teixeira no pleito de amanhã na CBF, o presidente Marcelo Teixeira ganhou a promessa também de Nicolás Leoz. O paraguaio foi um dos maiores defensores da medida. Recentemente, Leoz foi condecorado "peixeiro emérito".
Além do Santos, o Cruzeiro já tem vaga na edição 2004 por ter conquistado a Copa do Brasil. Os três primeiros colocados do Brasileiro completam a lista. Se Santos e Cruzeiro estiverem entre os ponteiros, o quarto e o quinto também estarão na Libertadores.
Especial
Taça Libertadores
Santos ganha vaga de presente na nova Libertadores
FERNANDO MELLOda Folha de S.Paulo
Com a ajuda da CBF e da Globo, o Santos entrará em campo já em 2004 para buscar o tricampeonato sul-americano, que lhe escapou das mãos na semana passada.
A medida depende apenas da oficialização, pelo Comitê Executivo da Confederação Sul-Americana, do inchaço da Taça Libertadores, que passaria a ter 36 clubes, e não mais 32, na edição 2004.
O time de Emerson Leão ocupará a quinta vaga destinada a equipes brasileiras na competição. O critério para o presente seria o fato de que o Santos foi o melhor brasileiro na Libertadores-2003.
A proposta de inchaço foi concebida pela Torneos y Competencias, que tem os direitos internacionais da competição, e apresentada à Sul-Americana, à CBF e à Globo em Paris, durante a disputa da Copa das Confederações.
Pelo acordo costurado na França, a partir de agora o time brasileiro que fizer melhor campanha na Libertadores terá vaga automática na edição seguinte.
"A Globo foi ouvida a respeito. Só aceitamos a proposta porque o Brasil ganharia uma quinta vaga e ela seria reservada ao melhor time do país no torneio", confirmou Marcelo Campos Pinto, diretor-executivo da Globo Esportes, o braço esportivo da emissora.
Pela lógica da TV, o clube brasileiro que vai mais longe na Libertadores geralmente é grande, dono de numerosa torcida e, claro, de muitos telespectadores.
Se o beneficiado fosse o vice da Copa do Brasil, seria boa a chance de clubes de menor expressão ficarem com a quinta vaga. Os exemplos históricos são vários. Times de apelo regional, como Sport Recife, Juventude, Ceará e Brasiliense já chegaram à final do torneio mata-mata da CBF.
Se a proposta de aumento de clubes passar pelo Comitê Executivo da Sul-Americana, o campeão da Libertadores deixará de ter vaga automática na edição seguinte. E isso deve acontecer, pois o formato é defendido por Ricardo Teixeira (CBF), Nicolás Leoz (Conmebol) e Julio Grondona (Associação de Futebol Argentino), assim como por quem paga a conta -Globo Esportes e TyC.
A medida valeria já para 2004, mas não afetaria o Boca Juniors, que vai defender o título como melhor representante do futebol argentino no torneio --a Argentina também vai ter cinco vagas.
Na nova distribuição geopolítica do torneio, o México passaria a ter duas vagas efetivas. Hoje tem que passar por seletiva com times venezuelanos, que voltariam a ter duas equipes garantidas.
A diretoria do Santos foi informada da decisão antes mesmo da derrota na final com o Boca Juniors, na última quarta-feira. Grande aliado e eleitor de Ricardo Teixeira no pleito de amanhã na CBF, o presidente Marcelo Teixeira ganhou a promessa também de Nicolás Leoz. O paraguaio foi um dos maiores defensores da medida. Recentemente, Leoz foi condecorado "peixeiro emérito".
Além do Santos, o Cruzeiro já tem vaga na edição 2004 por ter conquistado a Copa do Brasil. Os três primeiros colocados do Brasileiro completam a lista. Se Santos e Cruzeiro estiverem entre os ponteiros, o quarto e o quinto também estarão na Libertadores.
Especial
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