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01/10/2003 - 00h01

Em crise, Corinthians ataca de Rivellino

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EDUARDO ARRUDA
MARÍLIA RUIZ
FERNANDO MELLO

da Folha de S.Paulo

Escorraçado do Parque São Jorge há quase 30 anos, um dos maiores ídolos da história do Corinthians foi o nome escolhido pela diretoria alvinegra para tirar o clube da crise.

Roberto Rivellino, 57, será anunciado oficialmente como novo diretor técnico do Corinthians.

O acerto verbal aconteceu nesta terça, durante almoço entre o vice Antonio Roque Citadini e o ex-camisa 10, expulso do Corinthians após a perda do título paulista para o Palmeiras em 1974.

Rivellino disse sim ao convite e ficou de entregar nesta quarta um projeto de trabalho à diretoria alvinegra.

A criação do cargo de diretor técnico é um sonho antigo de Roque Citadini. Rivellino terá como funções comandar a comissão técnica e discutir com o novo treinador as contratações, os métodos de trabalho e a escalação.

Em 2001, a diretoria fez tentativa parecida com Wanderley Luxemburgo, que acumulou os cargos de manager e técnico. Desta vez, no entanto, haverá separação clara entre as duas figuras.

A decisão sobre o sucessor de Geninho, que pediu demissão após a goleada diante do Juventude, só virá após a apresentação oficial de Rivellino, que terá função semelhante à exercida por Jorge Valdano no Real Madrid.

"Será o que Zagallo faz na seleção, com a diferença de que aqui ele terá poderes", comentava Roque Citadini reservadamente. Procurado pela Folha de S.Paulo, o vice de futebol não quis se pronunciar.

A criação do cargo é mais uma intervenção da diretoria na comissão técnica corintiana. Depois de forçar Geninho a efetivar juniores em pleno Brasileiro, a cúpula quer ter também controle sobre treinos e escalações. Deseja ainda ter um representante nas discussões de contratados, para evitar casos como os de Fumagalli, Gléguer e Cocito.

A escolha de Rivellino para o cargo é simbólica. Citadini quer um profissional com apoio maciço da torcida e de sua extrema confiança. A amigos, o vice disse que o tricampeão mundial é o maior ídolo de sua vida.

A primeira missão de Rivellino foi palpitar na escolha do novo técnico. Com sua chegada, aumentaram as chances de Júnior, seu companheiro na Sportv e amigo pessoal. Nesta terça, o ex-lateral do Flamengo disse que não havia sido convidado, mas não descartou a possibilidade de dirigir o clube do Parque São Jorge.

À noite, Citadini viajaria para o Rio para jantar com o ex-ídolo flamenguista, que teve duas passagens pelo futebol como treinador, em 1993 e 1997, sempre no comando do Flamengo --o comentarista também já dirigiu a seleção brasileira de futebol de areia.

Se não houver acordo com Júnior, o auxiliar técnico Jairo Leal comandará o time no domingo, contra o Vitória, em Salvador.
 

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