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13/01/2004 - 00h05

Ricardinho deixa o São Paulo de forma melancólica

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LUIZ MARITAN
MARCELO PRADO

do Agora São Paulo

Ele chegou como a maior contratação do futebol brasileiro em 2002 e com muita festa. O meia Ricardinho trocou o Corinthians pelo São Paulo em agosto para levar o clube do Morumbi aos títulos que haviam escapado justamente para o ex-time do jogador no primeiro semestre daquele ano.

Um ano e quatro meses depois, de forma melancólica, Ricardinho deixou o São Paulo. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira, pelo presidente Marcelo Portugal Gouvêa, o diretor de futebol Juvenal Juvêncio e o próprio jogador.

"Nem sempre os casamentos dão certo. E esse é um deles. As portas do CCT vão estar abertas a ele e nós desejamos sorte na sequência de sua carreira", disse o Gouvêa.

Ricardinho manifestou o desejo de deixar o clube no início das férias da equipe. Durante um mês, os cartolas do São Paulo negociaram com o procurador do jogador, Rubens Pozzi, para tentar fazer o ex-camisa dez mudar de idéia. Não conseguiram.

O jogador não quis revelar os motivos que o fizeram deixar o do São Paulo, mas os atrasos no pagamento de direitos de imagem --cerca de R$ 800 mil-- e a falta de clima com os demais jogadores foram os principais fatores que o levaram à rescisão.

Pelo acordo, nenhuma das partes teve de pagar multas para o fim do contrato, que iria até junho deste ano.

"Coloquei os prós e os contras e decidi que era melhor a minha saída. Às vezes, eu demoro para tomar decisões, mas elas são definitivas", disse o meia. "Achei que era o momento de sair. Vou seguir a minha carreira", completou.

Ricardinho afirmou que não tem acerto com nenhum clube, mas admitiu que alguns contatos já foram feitos. "Ainda bem que estou na fase de que não preciso ligar para o clube", disse o jogador.

Segundo ele, a preferência é atuar em alguma equipe da Europa, mas preferiu não dar pistas sobre qual seria o seu destino. "O Ricardo está evitando negociar com clubes do Brasil. Fui contatado por alguns clubes e temos até o dia 31 de janeiro para avaliar essas consultas que tivemos do exterior", disse Rubens Pozzi.

Apesar do aparente clima amistoso, Ricardinho não escapou de algumas alfinetadas de Juvenal Juvêncio. "Qualquer atleta que não quiser ficar no clube, não vai produzir o que pode. Ele não desejando ficar no São Paulo, não vai ficar", começou o cartola. "Aqui, vai jogar quem quer unir, quem quer vestir a camisa. Quem quer pôr a canela e estiver motivado", disparou.

Retrospecto

Ricardinho chegou ao São Paulo com o moral alto após as conquistas do Rio-São Paulo e da Copa do Brasil, pelo Corinthians, e do pentacampeonato da Copa do Mundo pela seleção brasileira. Na época, a diretoria são-paulina esperava que ele fosse o comandante da equipe na conquista do Campeonato Brasileiro e na volta à Taça Libertadores.

No primeiro semestre de 2002, pelo Corinthians, Ricardinho fez 31 jogos, 11 gols e quatro assistências. Ele ficou duas partidas fora do time.

No São Paulo, porém, as coisas foram diferentes. Além de não conseguir a conquista nacional, o jogador entrou em uma fase de declínio, que fez ele virar o principal alvo das críticas dos torcedores.

Em 63 jogos, ele marcou apenas quatro gols e deu 13 assistências. Além disso, Ricardinho ficou 26 jogos fora da equipe por contusão. A última foi a mais grave e ele precisou passar por uma artroscopia no joelho direito. "Já estou recuperado", disse, na sua despedida.

O fraco desempenho fez parte a torcida comemorar a sua saída. "A torcida gostou da saída dele. Não falo isso como opinião pessoal. É o pensamento de todos", disse Marcos Lopes, diretor da torcida Independente.
 

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