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28/01/2004 - 19h50

Ricardo Gomes sai, elogia time e nega indisciplina

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SÉRGIO RANGEL
da Folha de S.Paulo, no Rio

Ao deixar nesta quarta-feira o cargo de técnico da seleção sub-23, Ricardo Gomes absolveu os jogadores pela não-classificação da equipe para os Jogos de Atenas.

Ele negou que os atletas tenham cometido algum ato de indisciplina, mas reclamou das más condições físicas em que a maioria teria se apresentado à seleção. No Brasil, os jogadores vivam o final da temporada quando começaram a treinar, em dezembro de 2003.

"Se não conseguimos a classificação, a culpa foi minha", declarou Gomes, repetindo o discurso adotado momentos depois da derrota para o Paraguai, no domingo, que eliminou o Brasil do Pré-Olímpico.

"Eu convoquei os atletas, escalei o time, decidi o esquema tático. Assumo todas as responsabilidades", disse o treinador.

"Já os jogadores foram sempre muito dedicados, e não houve problema de indisciplina em nenhum momento. Culpar as brincadeiras [pela eliminação da seleção] não é justo. Na verdade, os jogadores não chegaram em boas condições físicas. Isso pesou", disse Gomes, que se reuniu com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por cerca de 30 minutos no final da tarde.

A atitude de Robinho, que abaixou o calção de Diego diante dos fotógrafos no início da competição, foi considerada um ato isolado pelo treinador. "Aquilo foi desagradável. Mesmo assim, ele pediu desculpas a todo o grupo", disse o ex-zagueiro e capitão da seleção na Copa de 90, quando o Brasil foi eliminado nas oitavas-de-final.

Mesmo com a desclassificação do time, Gomes disse que não mexeria no grupo. "Se tivesse de convocar a seleção novamente, chamaria os mesmos atletas. O que nos faltou foram os gols. Se as oportunidades tivessem sido aproveitadas, a situação seria outra hoje", disse Gomes.

O treinador disse que a seleção sentiu falta do volante Fábio Rochemback, do Sporting, na partida contra os paraguaios. Rochemback cumpriu suspensão automática na partida final.

Contratado pela CBF em dezembro de 2002 para comandar o time até a Olimpíada, Gomes ganhava R$ 60 mil mensais. Depois da experiência fracassada na CBF, disse que quer "aproveitar o tempo para repensar o que aconteceu". "Depois, vou dar prosseguimento ao meu trabalho como treinador."

No ano passado, Ricardo Gomes recebeu proposta do São Paulo, do Paris Saint-Germain, da França, e do Benfica, de Portugal, para deixar a seleção, mas preferiu prosseguir o trabalho de tentar levar o Brasil ao inédito ouro olímpico: os Jogos acontecem de 13 a 29 de agosto.

Enquanto Gomes deixava oficialmente a seleção, o também ex-jogador Branco, chefe da delegação no Chile, não se reuniu com Teixeira.

Ele está em Bagé (RS) e, assim, ainda não entregou o relatório que preparou sobre a campanha do time no Pré-Olímpico para a cúpula da CBF. No texto, não poupa críticas aos santistas Diego e Robinho.
 

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