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13/04/2004 - 01h32

Muricy leva todos os jogadores do São Caetano à Bolívia

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MARCUS VINICIUS MARINHO
da Folha de S.Paulo

Embora vários atletas tenham pedido para ser poupados do jogo de quinta-feira contra o The Strongest, em La Paz, pela Libertadores, o técnico do São Caetano, Muricy Ramalho, decidiu levar todos os 25 jogadores do elenco do time do ABC para a Bolívia.

Segundo o técnico, alguns titulares podem até ser realmente poupados, mas viajam com o resto do grupo para fazer uma espécie de concentração antecipada para a final do Estadual, no domingo, contra o Paulista.

"Se a gente não tivesse que jogar no meio de semana, também iria ter que concentrar. É bom levar os jogadores para longe dessa badalação toda", afirma Muricy.

"Sei que eles (atletas) não queriam ir para a Bolívia. Quem quer? Nem eu. Ainda se fosse Paris... Mas expliquei para eles a situação e eles entenderam", disse.

A decisão foi tomada poucas horas após o volante Fábio Santos, aparentemente embriagado e armado com uma faca, ter brigado com sua mulher e ido parar numa delegacia do ABC, após resistir à prisão.

Segundo Muricy, a confusão de Fábio Santos nada teve a ver com a decisão. "Isso é um problema pessoal dele, não tem nada a ver com o clube. Se fosse durante a semana, era outra coisa, mas depois do jogo é problema dele."

O técnico diz que definirá quem será poupado e quem vai jogar só quarta-feira, já em solo boliviano. "Não dá nem para definir agora, o jogador ainda está sob o impacto da partida anterior. Lá é que poderemos definir quem pode jogar e quem não. O problema não é técnico, é físico", afirmou, em referência à vitória de domingo sobre o Paulista, por 3 a 1, na primeira final do Estadual.

Com o resultado, o São Caetano pode até perder por diferença de um gol na segunda final, domingo, que conquistará seu primeiro título na primeira divisão.

Ao chegar na Bolívia, o time treina na cidade de Santa Cruz de la Sierra, a 416 metros de altitude, e só embarca para a capital, La Paz, 3.600 metros acima do nível do mar, algumas horas antes da partida.

Segundo Muricy, é bem possível que os atletas não relacionados nem façam essa última viagem. "A Bolívia não é longe, o problema é jogar na altitude."

Os jogadores parecem ter assimilado bem o discurso do treinador. "Mesmo com alguns não jogando, é importante manter o grupo junto nessa semana decisiva. Nem vai desgastar nada. Quem não jogar, vai ficar torcendo pelos outros", diz o zagueiro Serginho, que pediu para ser poupado.

Outro dos que não queriam jogar, o goleiro Silvio Luiz, concorda. "É importante todos ficarem juntos. Não faz sentido metade do grupo ir e metade ficar."

O jogo contra a equipe boliviana é decisivo para o futuro da equipe do ABC na Libertadores. O time está na segunda posição do Grupo 1, empatado em pontos e saldo de gols com o Peñarol, que recebe o América do México, já classificado. Se o Peñarol conseguir uma vitória por mais gols que o São Caetano, fecha a fase em segundo e elimina a equipe do ABC.

"É difícil jogar de olho em outros jogos que não o nosso", diz o lateral-direito Anderson Lima, que não jogou a primeira final do Estadual, suspenso, e deve voltar ao time na quinta-feira.

Embora tenham batido o rival boliviano por 4 a 2 no primeiro jogo entre as equipes, no ABC, os atletas do São Caetano evitam fazer comparações.

"Agora vamos ter de encarar a principal arma deles: a altitude. Vai ser um jogo bem diferente", diz Serginho.

A classificação também vale a continuidade dos US$ 125 mil que o time ganha por jogo dentro de casa. "Não tem essa de prioridade no Paulista", diz o presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza.
 

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