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18/04/2004
-
07h40
da Folha de S.Paulo
Antes mesmo do título inédito do Estadual, o Paulista busca reencontrar já há algum tempo uma identidade perdida com as freqüentes mudanças de nome do clube, ocorridas principalmente na década de 90.
Na cidade de Jundiaí, é quase uma blasfêmia não se referir ao finalista do Estadual como Paulista. Mas muita gente ainda faz confusão. E ela começou 95 anos atrás, quando o tradicional clube foi fundado por funcionários da Companhia Paulista de Trens Ferroviários. Na reunião que oficializou a criação do clube, Carlos de Salles Bloch, que secretariava o encontro, se referiu à nova agremiação como Jundiahy Football Club, o antigo clube dos empregados da companhia. Mas logo depois corrigiu a gafe.
De lá para cá, jamais o Paulista conseguiu ser só Paulista. Nos anos 90, principalmente, as constantes crises financeiras fizeram com que investidores interferissem no nome da equipe.
Em 1995, a Lousano, empresa de fios e cabos elétricos, assumiu o futebol do time, que passou a se chamar Lousano Paulista.
Em 1998, uma nova parceria com a multinacional de laticínios Parmalat fez a equipe se transformar em Etti Jundiaí.
O Paulista fora abolido por ser homônimo de empresa concorrente da Parmalat.
Em 2002, com a saída dos italianos, o clube passou a ser Jundiaí Ltda. No mesmo ano, um plebiscito entre a população da cidade devolveu ao time o nome de Paulista Futebol Clube.
"Eu considero o Paulista só até 1995 e agora. Nesse período que mudou de nome, foi um outro clube", diz o historiador do time, Luis Antonio Oliveira.
No período em que a Parmalat comandou o futebol do clube, algumas rádios locais e os próprios torcedores se recusavam a utilizar o nome da equipe (Etti Jundiaí) e chamavam o time apenas de "Galo", símbolo do time.
"Essas mudanças fizeram com que perdêssemos um pouco de nossa identidade, mas vamos mudar isso", diz o diretor de marketing do Paulista, Roberto Rappa.
Segundo ele, algumas ações, como a distribuição de kits do time e a criação de um museu do clube, devem reaproximar a população do Paulista.
"Queremos distribuir camisetas, babadores, chupetas e diplomas com o nome do Paulista a toda criança que nascer em Jundiaí", afirma Rappa.
Para isso, ele busca o apoio de uma empresa para financiar o projeto, que inclui ainda a visita de estudantes da região ao time.
O holandês PSV Eindhoven, uma das potências da Europa, que está prestes a assinar convênio com o clube, é candidato. Mas sob uma condição: o Paulista continuará Paulista.
Especial
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Paulista corre atrás de identidade
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Antes mesmo do título inédito do Estadual, o Paulista busca reencontrar já há algum tempo uma identidade perdida com as freqüentes mudanças de nome do clube, ocorridas principalmente na década de 90.
Na cidade de Jundiaí, é quase uma blasfêmia não se referir ao finalista do Estadual como Paulista. Mas muita gente ainda faz confusão. E ela começou 95 anos atrás, quando o tradicional clube foi fundado por funcionários da Companhia Paulista de Trens Ferroviários. Na reunião que oficializou a criação do clube, Carlos de Salles Bloch, que secretariava o encontro, se referiu à nova agremiação como Jundiahy Football Club, o antigo clube dos empregados da companhia. Mas logo depois corrigiu a gafe.
De lá para cá, jamais o Paulista conseguiu ser só Paulista. Nos anos 90, principalmente, as constantes crises financeiras fizeram com que investidores interferissem no nome da equipe.
Em 1995, a Lousano, empresa de fios e cabos elétricos, assumiu o futebol do time, que passou a se chamar Lousano Paulista.
Em 1998, uma nova parceria com a multinacional de laticínios Parmalat fez a equipe se transformar em Etti Jundiaí.
O Paulista fora abolido por ser homônimo de empresa concorrente da Parmalat.
Em 2002, com a saída dos italianos, o clube passou a ser Jundiaí Ltda. No mesmo ano, um plebiscito entre a população da cidade devolveu ao time o nome de Paulista Futebol Clube.
"Eu considero o Paulista só até 1995 e agora. Nesse período que mudou de nome, foi um outro clube", diz o historiador do time, Luis Antonio Oliveira.
No período em que a Parmalat comandou o futebol do clube, algumas rádios locais e os próprios torcedores se recusavam a utilizar o nome da equipe (Etti Jundiaí) e chamavam o time apenas de "Galo", símbolo do time.
"Essas mudanças fizeram com que perdêssemos um pouco de nossa identidade, mas vamos mudar isso", diz o diretor de marketing do Paulista, Roberto Rappa.
Segundo ele, algumas ações, como a distribuição de kits do time e a criação de um museu do clube, devem reaproximar a população do Paulista.
"Queremos distribuir camisetas, babadores, chupetas e diplomas com o nome do Paulista a toda criança que nascer em Jundiaí", afirma Rappa.
Para isso, ele busca o apoio de uma empresa para financiar o projeto, que inclui ainda a visita de estudantes da região ao time.
O holandês PSV Eindhoven, uma das potências da Europa, que está prestes a assinar convênio com o clube, é candidato. Mas sob uma condição: o Paulista continuará Paulista.
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