Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/04/2004 - 18h57

Após título, São Caetano busca ampliar torcida

Publicidade

EDUARDO ARRUDA
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO

da Folha de S.Paulo

O São Caetano tem estrutura, bons jogadores e agora também um título na elite. Com a conquista do Paulista-2004, o clube do ABC agora espera aumentar o número de torcedores da equipe.

O projeto que vem sendo desenvolvido pela diretoria do São Caetano, com o apoio da prefeitura, visa formar novos fãs do time. A estratégia ataca em duas frentes: as categorias de base do clube e as torcidas organizadas.

"O objetivo é atrair torcedores jovens e aproveitar o sucesso de títulos. Não é possível continuarmos em uma trajetória de vitórias sem termos torcedores", diz o prefeito de São Caetano do Sul, Luiz Olinto Tortorello, que também é patrono do time.

Segundo ele, a meta do clube é conquistar pelo menos duas taças neste ano. No Pacaembu, no domingo, a equipe levou mais de mil crianças para acompanhar a final.

A maior parte delas freqüenta as escolinhas de futebol do clube. A idéia é criar um vínculo entre o São Caetano e os torcedores mirins, mesmo que não se tornem atletas profissionais. Os dirigentes estudam até a construção de um centro de treinamento para alavancar as categorias de base.

Em outra frente, três das quatro torcidas organizadas do São Caetano --a exceção é a Bengala Azul-- apresentaram projetos para o presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza, para investir no crescimento da torcida.

Entre as sugestões da Sangue Azul, a principal uniformizada, com 250 sócios ativos, estão visitas a escolas, distribuição de camisas do time para torcedores mirins e entrada gratuita de crianças entre 5 e 12 anos nos jogos do time em casa --já foi adotada na Libertadores e deve ser repetida no Brasileiro deste ano.

Além da Sangue Azul, a Comando Azul e a Gladiadores também tentam angariar novos torcedores para o campeão paulista de 2004.

O clube, que já fornece ajuda de custo às organizadas, deve pedir uma sala para elas no Anacleto Campanella. Lá elas fixariam suas sedes --o estádio é da prefeitura, que ainda não deu aval.

Atualmente, apenas a Bengala Azul, formada por torcedores acima de 65 anos, ocupa um espaço no estádio. A torcida, no entanto, não é bem aceita pelas outras.

"A Bengala é uma coisa ridícula. A gente vai para os jogos e o pessoal nos pergunta se usamos fralda geriátrica, se temos dentadura, não dá. Se quiserem renovar a torcida, uma das coisas a fazer é deixar a Bengala de lado, dar uma nova cara para a galera", reclama Fernando Palma Canepa, 30, presidente da Sangue Azul.

A Bengala não quer polemizar. Acha a postura um preconceito contra os velhos e afirma que continuará indo aos jogos do São Caetano.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página