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18/06/2004 - 20h44

Estrela do atletismo dos EUA faz teste da mentira

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da Folha de S.Paulo

Investigada pela Usada (agência antidoping dos EUA) e com risco de ser impedida de competir em Atenas, a estrela do atletismo americano Marion Jones disse ter se submetido a um exame particular em um detector de mentira.

A ação foi mais uma tentativa da atleta, dona de cinco medalhas em Sydney-2000, de dissipar as suspeita de seu envolvimento com o laboratório Balco, que produzia o esteróide sintético THG, que só começou a ser detectado em exames no ano passado.

Na última terça, a corredora já havia pedido uma audiência pública para responder aos novos questionamentos da Usada.

O presidente da Agência Mundial Antidoping, Dick Pound, chamou a atitude de "performance teatral" e a acusou de tentar evitar os procedimentos de um depoimento referente a doping.

Segundo Joseph Burton, advogado de Marion Jones, os resultados do teste serão encaminhados ao diretor de assuntos jurídicos da Usada, Travis T. Tygart.

"Os resultados são a mais ampla razão para encerrar o assunto e inocentar Marion Jones", disse.

Burton explicou que o exame consistiu de duas perguntas: "Você já usou substâncias proibidas para melhorar sua performance?" e "Você está mentindo sobre o uso de substâncias proibidas para a melhora da performance?".

Marion Jones teria respondido "não" às duas questões e passado no teste, conduzido por um ex-agente do FBI, de acordo com o advogado da corredora, que busca vaga olímpica na seletiva americana, a partir do dia 9 de julho.

"Se houver justiça, o assunto deve acabar agora", disse ele.

Rich Wanninger, porta-voz da Usada, disse que a agência não comenta casos específicos, mas que "toda informação confiável receberá a consideração apropriada". Legalmente, detector de mentira não é um instrumento confiável.

Marion Jones nunca teve um exame antidoping positivo, mas isso não impede que ela seja punida se forem encontradas provas de uso de substâncias proibidas.

No mês passado, sua compatriota Kelli White, campeã dos 100 m e 200 m no Mundial de Paris-2003, foi a primeira atleta a ser punida sem uma amostra positiva.

White reconheceu culpa, foi suspensa por dois anos e teve os seus resultados cassados a partir do dia 15 de dezembro de 2000.

A punição da mulher mais rápida do último Mundial escancarou um novo paradigma para os casos de doping ocorridos nos EUA.

Existe no país uma disposição em mandar um time limpo para Atenas. Até o presidente George W. Bush já atacou o uso de drogas no esporte.

Sancionada pela Casa Branca, a Usada passou a liderar uma cruzada inédita contra atletas e técnicos suspeitos.

O caso Balco, estopim da polêmica atual, atinge principalmente o atletismo, carro-chefe das medalhas do país. Com a situação atual, o Comitê Olímpico dos EUA já baixou sua previsão para Atenas. A meta, originalmente de 110 ouros, caiu para cem e pode diminuir ainda mais até agosto.

Tim Montgomery, recordista mundial dos 100 m e marido de Marion Jones, já responde a processo por doping da Usada, assim como outros quatro atletas.

Especial
  • Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre Marion Jones
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