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22/08/2004
-
03h06
FÁBIO SEIXAS
da Folha de S.Paulo, em Atenas
O instante da largada está marcado. Às 23h10 de Atenas, 17h10 de Brasília, os oito melhores velocistas do planeta partirão para a disputa da mais clássica prova do atletismo, os 100 m. Tudo o que o COI e o Athoc esperam é que ela acabe dez segundos depois. Que não tenha desdobramentos ou mudanças de resultados. Que o fantasma do doping não apareça.
Seria uma mancha para os Jogos, assim como foi a desclassificação de Ben Johnson em Seul-1988 (CDS).
Mas o receio existe, embora ninguém do COI ou da organização da Olimpíada fale abertamente.
E tem nome: Trevor Graham. Ele não corre, não salta, nunca disputou uma final olímpica. Jamaicano, 40, é treinador de Shawn Crawford e Justin Gatlin.
Não faltam motivos para preocupações. Graham era o técnico de Marion Jones em Sydney. Trabalhou com Tim Montgomery, recordista dos 100 m e que, estranhamente, não obteve vaga para Atenas. Foi, até 2001, sócio do Balco (laboratório que fabricava o esteróide THG). E viu, de um ano para cá, seis de seus atletas serem pegos no antidoping.
Mais: foi acusado formalmente pelo arremessador de peso C.J. Hunter, ex-marido de Jones, de injetar drogas em seus atletas.
Crawford e Gatlin correrão neste domingo as semifinais a partir das 14h55, buscando uma vaga na final da prova.
Para eles, mera formalidade. Ontem, Crawford, que tem o melhor tempo do ano --9s88-- foi o mais rápido na segunda rodada eliminatória, com 9s89. O único brasileiro classificado para as semifinais é Vicente Lenílson.
Especial
Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre Vicente Lenílson
Leia mais notícias no especial dos Jogos Olímpicos-2004
Sombra do doping marca prova dos 100 m rasos masculino em Atenas
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da Folha de S.Paulo, em Atenas
O instante da largada está marcado. Às 23h10 de Atenas, 17h10 de Brasília, os oito melhores velocistas do planeta partirão para a disputa da mais clássica prova do atletismo, os 100 m. Tudo o que o COI e o Athoc esperam é que ela acabe dez segundos depois. Que não tenha desdobramentos ou mudanças de resultados. Que o fantasma do doping não apareça.
Seria uma mancha para os Jogos, assim como foi a desclassificação de Ben Johnson em Seul-1988 (CDS).
Mas o receio existe, embora ninguém do COI ou da organização da Olimpíada fale abertamente.
E tem nome: Trevor Graham. Ele não corre, não salta, nunca disputou uma final olímpica. Jamaicano, 40, é treinador de Shawn Crawford e Justin Gatlin.
Não faltam motivos para preocupações. Graham era o técnico de Marion Jones em Sydney. Trabalhou com Tim Montgomery, recordista dos 100 m e que, estranhamente, não obteve vaga para Atenas. Foi, até 2001, sócio do Balco (laboratório que fabricava o esteróide THG). E viu, de um ano para cá, seis de seus atletas serem pegos no antidoping.
Mais: foi acusado formalmente pelo arremessador de peso C.J. Hunter, ex-marido de Jones, de injetar drogas em seus atletas.
Crawford e Gatlin correrão neste domingo as semifinais a partir das 14h55, buscando uma vaga na final da prova.
Para eles, mera formalidade. Ontem, Crawford, que tem o melhor tempo do ano --9s88-- foi o mais rápido na segunda rodada eliminatória, com 9s89. O único brasileiro classificado para as semifinais é Vicente Lenílson.
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