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25/08/2004 - 15h57

"Muralha" no vôlei de praia, Ricardo começou como gandula de primo

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da Folha Online

Ricardo Alex Costa Santos, 29, de 2,00 m e 102 kg, conhecido como a "Muralha" no vôlei de praia, que nesta quarta levou o ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas ao lado de Emanuel, tomou contato com o esporte atuando como uma espécie de gandula nas areias de Salvador, sua terra natal.

Ainda garoto, ele recolhia as bolas de vôlei que iam para bem longe após as cortadas de seu primo Paulão, nas areias da capital baiana.

Incentivado pelo primo, que fazia parceria com Paulo Emílio no vôlei de praia, ele trocou a função de gandula pela de jogador. O esporte deixou de ser uma brincadeira para entrar definitivamente em sua vida em 1994.

Nesta quarta, Ricardo reconheceu a importância de seu primo na carreira, ao dedicar parte da medalha de ouro a ele. "Dedico essa medalha de ouro a todos os brasileiros e especialmente ao Paulão", disse o jogador, que chegou a arriscar uma temporada nas quadras na Argentina, em 1994, mas não gosta nem mesmo de comentar o assunto.

Ainda no mesmo ano, de volta ao Brasil e à areia, teve dificuldade para se dedicar exclusivamente ao esporte. Sem recursos financeiros, não podia custear as viagens.

Como solução, ele teve de apelar para a colaboração dos parentes. "O pessoal de casa chegou até a fazer uma 'vaquinha' para que eu pudesse competir", disse Ricardo, que nas horas vagas ajudava o pai na cantina que ele tinha num colégio da cidade.

Seu primeiro parceiro foi Everaldo, em 1995. Dois anos depois, jogou com Moreira, quando ficou na terceira posição do Circuito Brasileiro.

Mas só em 1998, quatro anos depois de ter aderido ao vôlei de areia, Ricardo colheu o primeiro grande fruto de tanto sacrifício: o título de uma etapa do Circuito Mundial, no Rio, com Zé Marco.

Aliando altura, impulsão e força, Ricardo percebeu que o bloqueio poderia ser uma das suas principais armas para vencer o ataque dos rivais. Eficiente nesse fundamento, não tardou para que ganhasse o apelido de "Muralha", no Brasil, e "Block Machine", no exterior.

Em 2000, ainda com Zé Marco, foi campeão do Circuito Mundial e vice nos Jogos Olímpicos de Sydney. Frustrado, Ricardo nunca quis rever aquele jogo em VT. "Eu nunca tive vontade. Não me sinto à vontade."

A parceria com Zé Marco foi desfeita depois daqueles Jogos. Em 2001, Ricardo jogou com Loiola, que havia terminado a dupla com Emanuel.

Em 2002, Ricardo juntou-se a Emanuel para formar a maior dupla de vôlei de praia da atualidade. Além do ouro olímpico, Ricardo conquistou com o parceiro o bicampeonato do Circuito Mundial (2003 e 2004) e é o atual vencedor do Campeonato Mundial (2003).

Especial
  • Arquivo: Veja o que já foi publicado sobre Ricardo e Emanuel
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