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28/08/2004
-
00h42
FÁBIO SEIXAS
da Folha de S.Paulo, em Atenas
Marion Jones encara a caixa de areia à sua frente, solta um "come on" baixinho, só para ela, e dispara. Salta 6,63 m. Uma marca ruim, a pior dela na final. Com a decepção estampada em seu rosto, sorriso amarelo, levanta os braços, acena para a torcida, manda um beijo. Sai de cena.
Volta 50 minutos depois, ao lado de três colegas. O revezamento 4 x 100 m é sua última chance de conseguir um ouro em Atenas. Talvez, na vida, na carreira. Segunda a correr, Marion recebe o bastão na liderança, mas se atrapalha no instante de passá-lo. As americanas saem da área de troca e são eliminadas. Marion sai de cena. Não sabe quando voltará.
Assim, de forma melancólica, terminou Atenas-2004 para uma das estrelas de Sydney-2000. Uma das maiores atletas da história, a americana de 28 anos foi a quinta no salto em distância. E ajudou a afundar os EUA no revezamento.
"De longe, essa noite foi pior do que meus mais terríveis pesadelos", disse, no Estádio Olímpico.
As três primeiras posições no salto em distância ficaram com atletas russas. Medalha de ouro, Tatyana Lebedeva saltou 7,07 m.
No revezamento, o vacilo das americanas premiou a Jamaica.
O fracasso de Marion é o último capítulo de um escândalo que abalou os EUA e desfalcou a equipe de atletismo mais premiada em Jogos. Há dez meses, explodiu o caso Balco (laboratório que fabricava o esteróide THG). Usuários da droga, astros como Regina Jacobs e Dwain Chambers foram pegos dopados e suspensos.
As investigações ainda apontaram fortes ligações entre o Balco e o "casal maravilha" do atletismo, Tim Montgomery e Marion.
De forma estranha, ele, recordista mundial dos 100 m, não obteve vaga. Os indícios quase tiraram Marion de Atenas. Mas ela bateu o pé, ameaçou ir à Justiça e viajou. Para dar vexame. E levantar ainda mais as desconfianças sobre seu desempenho em 2000.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Marion Jones
Leia mais notícias no especial dos Jogos Olímpicos-2004
Marion Jones fracassa duas vezes e deixa Atenas sob a sombra do doping
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da Folha de S.Paulo, em Atenas
Marion Jones encara a caixa de areia à sua frente, solta um "come on" baixinho, só para ela, e dispara. Salta 6,63 m. Uma marca ruim, a pior dela na final. Com a decepção estampada em seu rosto, sorriso amarelo, levanta os braços, acena para a torcida, manda um beijo. Sai de cena.
Volta 50 minutos depois, ao lado de três colegas. O revezamento 4 x 100 m é sua última chance de conseguir um ouro em Atenas. Talvez, na vida, na carreira. Segunda a correr, Marion recebe o bastão na liderança, mas se atrapalha no instante de passá-lo. As americanas saem da área de troca e são eliminadas. Marion sai de cena. Não sabe quando voltará.
Assim, de forma melancólica, terminou Atenas-2004 para uma das estrelas de Sydney-2000. Uma das maiores atletas da história, a americana de 28 anos foi a quinta no salto em distância. E ajudou a afundar os EUA no revezamento.
"De longe, essa noite foi pior do que meus mais terríveis pesadelos", disse, no Estádio Olímpico.
As três primeiras posições no salto em distância ficaram com atletas russas. Medalha de ouro, Tatyana Lebedeva saltou 7,07 m.
No revezamento, o vacilo das americanas premiou a Jamaica.
O fracasso de Marion é o último capítulo de um escândalo que abalou os EUA e desfalcou a equipe de atletismo mais premiada em Jogos. Há dez meses, explodiu o caso Balco (laboratório que fabricava o esteróide THG). Usuários da droga, astros como Regina Jacobs e Dwain Chambers foram pegos dopados e suspensos.
As investigações ainda apontaram fortes ligações entre o Balco e o "casal maravilha" do atletismo, Tim Montgomery e Marion.
De forma estranha, ele, recordista mundial dos 100 m, não obteve vaga. Os indícios quase tiraram Marion de Atenas. Mas ela bateu o pé, ameaçou ir à Justiça e viajou. Para dar vexame. E levantar ainda mais as desconfianças sobre seu desempenho em 2000.
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