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01/12/2000 - 01h08

Safin e Sampras fazem duelo de gerações

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da Folha de S.Paulo

A rodada de sexta-feira do Masters, em Lisboa, reserva um confronto que marca uma passagem de trono no tênis masculino.

Já garantido nas semifinais, o russo Marat Safin, que perdeu a chance de conquistar hoje o título da Corrida dos Campeões por causa da vitória de Gustavo Kuerten sobre Magnus Norman, enfrenta Pete Sampras, que faz sua pior temporada na década.

O norte-americano precisa vencer para continuar na competição. Perdendo, Sampras estará fora do torneio português, ficando a outra vaga deste grupo com o australiano Lleyton Hewitt.

Mais do que uma vaga nas semifinais, a partida de amanhã vale para comparar o melhor tenista dos anos 90 com aquele que promete dominar a modalidade na primeira década do próximo século.

Nos números, pelo menos, Safin pode superar Sampras, o tenista com mais títulos de Grand Slams e o que mais ganhou dinheiro na história da modalidade.

Quando se compara os três anos iniciais da carreira de cada um na elite do tênis mundial, o tempo que Safin está nesse grupo, a vantagem do russo, invicto nas duas partidas que disputou no Masters, acontece em praticamente todos os quesitos.

No final da sua terceira temporada disputando a maior parte do circuito principal da ATP, que não engloba torneios challengers, Safin, 20, está muito perto de terminar o ano como o primeiro do ranking mundial.

No mesmo estágio da carreira, Sampras finalizou o ano somente na quinta posição da lista dos melhores do tênis masculino.

Em três temporadas na elite, Safin já conquistou oito títulos, sete deles apenas este ano. Com o mesmo tempo no circuito, Sampras ostentava quatro conquistas no circuito.

O número de vitórias de cada tenista nestes anos também apresenta uma diferença gritante. De 1988 a 1990, Sampras venceu 79 partidas. Já Safin, de 1998 até agora, conseguiu bater seus adversários 129 vezes.

Mas é no bolso que a diferença entre os fenômenos do passado e o do futuro fica mais perceptível. Nos três anos iniciais de sua carreira na elite, Sampras faturou US$ 2,321 milhões. Safin, com as duas primeiras vitórias que obteve em Lisboa, já tem na sua conta US$ 4,105 milhões.

Antes da partida de amanhã, os dois só trocaram elogios. ´Ele é o futuro do tênis. Isso me faz lembrar a época em que eu tinha 19 anos", afirmou Sampras sobre o rival, que o venceu, com extrema facilidade, a final do último Aberto dos EUA.

O russo, então, se porta mais como um fã do que como um concorrente do norte-americano. ´Sampras é o melhor. Ele é o favorito sempre", disse o russo, fugindo do discurso de equilíbrio que os participantes do Masters de Lisboa apresentam.

Além de Safin x Sampras, em jogo do Grupo Vermelho, acontecem amanhã mais duas partidas pelo Grupo Verde do Masters.

Andre Agassi, único invicto no grupo depois da vitória de hoje sobre Ievguêni Kafelnikov, enfrenta Magnus Norman.

Já o russo, que completou contra Agassi sua centésima partida na temporada, decide, às 19h, uma vaga com Gustavo Kuerten, que se recuperou de uma contusão e seguiu no torneio.
 

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