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28/06/2005
-
10h03
FÁBIO VICTOR
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Frankfurt
Criticada por todos os lados e várias vezes condenada à extinção, a Copa das Confederações deu a volta por cima na Alemanha. Naquela que deve ser a última edição no formato bienal, o torneio é um sucesso de bilheteria, de artilharia e de tradição.
Pela primeira vez, a decisão reúne dois campeões mundiais. Pode até ser frustrante para os torcedores anfitriões, mas, para a Fifa, a final entre Brasil x Argentina é a cereja no bolo de um evento com números animadores.
Os estádios alemães estiveram quase sempre cheios. Serão vendidas até quarta-feira mais de 600 mil entradas (média de 38 mil por jogo), um crescimento de quase 30% em relação a 2003, na Copa das Confederações da França.
Alemanha e Brasil só jogaram com casa cheia. Até jogos de times inexpressivos e já eliminados tiveram um bom público --Austrália x Tunísia levou mais de 25 mil pessoas ao estádio de Leipzig.
Em campo, o desempenho dos ataques foi muito melhor do que a média histórica. Até aqui, o torneio tem média de 3,14 gols por jogo, um aumento de 36% em relação à edição de 2003 e impressionantes 62% quando comparada à de 2001, quando Coréia do Sul e Japão hospedaram o torneio.
Os dados são música para os ouvidos do presidente da Fifa, Joseph Blatter. Às bordoadas de cartolas, especialmente da Uefa, que dirige o futebol europeu, de técnicos e atletas, Blatter fez ouvidos de mercador e bancou sozinho a manutenção do torneio nos últimos anos, apesar das seguidas desistências das principais seleções. O Brasil, por exemplo, não atuava com seu time principal desde 97.
O máximo que a Fifa cedeu foi em relação à periodicidade. Em vez de a cada dois anos, a Copa das Confederações, que reúne os campeões continentais, deverá ser a cada quatro, sempre no ano anterior ao do Mundial e no país que irá abrigá-lo, como foi em 2001 e agora. Ou seja, a próxima edição será na África do Sul-2009.
Ontem, em Frankfurt, Blatter se disse satisfeito com a organização dos alemães agora, segundo ele um bom presságio para 2006. E atacou a Confederação Sul-Americana por marcar para o mesmo período jogos da Libertadores.
Ao lado dele, o presidente do Comitê Organizador da Copa-06, Franz Beckenbauer, lamentou as invasões de campo. Considerou uma "vergonha" as quatro ocorrências em menos de duas semanas de jogos, chamou os invasores de "dementes" e disse que estão sendo tomadas providências para que isso não se repita no Mundial.
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Decisão coroa volta por cima da Copa das Confederações
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PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Frankfurt
Criticada por todos os lados e várias vezes condenada à extinção, a Copa das Confederações deu a volta por cima na Alemanha. Naquela que deve ser a última edição no formato bienal, o torneio é um sucesso de bilheteria, de artilharia e de tradição.
Pela primeira vez, a decisão reúne dois campeões mundiais. Pode até ser frustrante para os torcedores anfitriões, mas, para a Fifa, a final entre Brasil x Argentina é a cereja no bolo de um evento com números animadores.
Os estádios alemães estiveram quase sempre cheios. Serão vendidas até quarta-feira mais de 600 mil entradas (média de 38 mil por jogo), um crescimento de quase 30% em relação a 2003, na Copa das Confederações da França.
Alemanha e Brasil só jogaram com casa cheia. Até jogos de times inexpressivos e já eliminados tiveram um bom público --Austrália x Tunísia levou mais de 25 mil pessoas ao estádio de Leipzig.
Em campo, o desempenho dos ataques foi muito melhor do que a média histórica. Até aqui, o torneio tem média de 3,14 gols por jogo, um aumento de 36% em relação à edição de 2003 e impressionantes 62% quando comparada à de 2001, quando Coréia do Sul e Japão hospedaram o torneio.
Os dados são música para os ouvidos do presidente da Fifa, Joseph Blatter. Às bordoadas de cartolas, especialmente da Uefa, que dirige o futebol europeu, de técnicos e atletas, Blatter fez ouvidos de mercador e bancou sozinho a manutenção do torneio nos últimos anos, apesar das seguidas desistências das principais seleções. O Brasil, por exemplo, não atuava com seu time principal desde 97.
O máximo que a Fifa cedeu foi em relação à periodicidade. Em vez de a cada dois anos, a Copa das Confederações, que reúne os campeões continentais, deverá ser a cada quatro, sempre no ano anterior ao do Mundial e no país que irá abrigá-lo, como foi em 2001 e agora. Ou seja, a próxima edição será na África do Sul-2009.
Ontem, em Frankfurt, Blatter se disse satisfeito com a organização dos alemães agora, segundo ele um bom presságio para 2006. E atacou a Confederação Sul-Americana por marcar para o mesmo período jogos da Libertadores.
Ao lado dele, o presidente do Comitê Organizador da Copa-06, Franz Beckenbauer, lamentou as invasões de campo. Considerou uma "vergonha" as quatro ocorrências em menos de duas semanas de jogos, chamou os invasores de "dementes" e disse que estão sendo tomadas providências para que isso não se repita no Mundial.
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