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29/06/2005 - 10h01

Argentina muda discurso e inicia rusga com brasileiros antes da final

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FÁBIO VICTOR
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Frankfurt

Quando foram a Buenos Aires no início do mês, os brasileiros trataram de baixar a temperatura do clássico contra a Argentina.

Agora, na final da Copa das Confederações da Alemanha, em terreno neutro, não parecem preocupados com diplomacia.

E o fantasioso festival de elogios que os jogadores argentinos fizeram à seleção na ocasião, e que foi comprado de pronto pelo Brasil, sumiu após aqueles 3 a 1, assim como mudou a reação dos brasileiros. "Não duvidem que vamos ganhar deles. Somos melhores", disse o atacante Galletti, invertendo o discurso feito por seus colegas três semanas atrás.

O meia-atacante Kaká, que chegou a concordar quando os adversários repetiram que achavam o Brasil um esquadrão inigualável, foi mais precavido desta vez.

"Um argentino falar que o brasileiro é melhor que eles é a mesma coisa que o brasileiro falar que o argentino é melhor que nós. Não dá para acreditar."

O meia Zé Roberto foi além. Questionado se os argentinos eram desleais, o volante afirmou: "Acho que sim, são desleais, vimos isso em jogos passados. Mas o Brasil tem que se impor. Somos experientes e estamos preparados para a catimba deles."

O atacante Adriano, que também foi titular na derrota em Buenos Aires, revelou que os brasileiros torceram pelos arqui-rivais contra o México na semifinal.

"Foi bom para a gente que a Argentina tenha ganho, a gente estava esperando isso. Contra eles a motivação é maior", disse ele, recuperado do susto que o tirou do treino de segunda-feira, quando desabou em campo ao levar um pisão no pé esquerdo. "Foi uma pancadinha. O pé ficou dormente e fiquei assustado, mas não foi nada. Estou preparado para o jogo."

As farpas chegaram às comissões técnicas das duas equipes.

Carlos Alberto Parreira, que agora diz não haver clima amistoso em nenhum jogo entre brasileiros e argentinos (afirmara o contrário no confronto das eliminatórias), retrucou um repórter argentino que o questionou se a ausência do atacante Crespo hoje seria uma "boa notícia" para ele e seus comandados.

"Para vocês também é uma boa notícia que Ronaldo não vai jogar", disse o treinador, que evita falar em revanche. "Aquilo [o jogo de Buenos Aires] era só uma partida classificatória. Aqui é uma decisão. Vai ser diferente", declarou o brasileiro, que teve só parte do raciocínio aprovado pelo colega José Pekerman.

"Concordo que vai ser diferente. Mas não por ser uma final. Se fosse um amistoso, também seria diferente do jogo das eliminatórias", disse o argentino, que tem um estilo ainda mais tranqüilo do que Parreira costumava ter.

Como seu chefe, os jogadores passaram a semana rejeitando comparação com a partida do Monumental de Nuñez, na qual a Argentina fulminou o Brasil no primeiro tempo, marcando 3 a 0.

"Esse é um jogo totalmente diferente do das eliminatórias. Se for para comparar, por que não falamos dos 3 a 1 na partida de ida, em Belo Horizonte? Agora o ambiente é neutro, sem torcida empurrando, o que faz muita diferença", disse o volante Emerson.

Se o jogo desta quarta-feira terminar empatado, haverá prorrogação de 30 minutos. Se necessário, pênaltis.

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