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30/06/2005 - 10h05

Estádio de Frankfurt apresenta falha em sua cobertura

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FÁBIO VICTOR
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Frankfurt

Na primeira vez em que a natureza testou um estádio da Copa das Confederações --ou seja, um estádio do Mundial-2006--, o resultado foi desabonador para organizadores dos dois torneios.

Uma surpresa em meio ao calor escaldante do verão alemão, começou a chover em Frankfurt minutos antes do início de Brasil x Argentina e, antes da metade do primeiro tempo, a chuva virou temporal. O moderno e vistoso teto retrátil do Waldstadion, estádio cuja reforma custou 188 milhões de euros (cerca de R$ 545 milhões), primeiro revelou algumas poucas goteiras e certa vulnerabilidade à chuva.

Em meio a relâmpagos e trovões, os pingos que caíam deixavam o gramado escorregadio, causando muitas quedas entre os jogadores das duas equipes.

Quando o volume d'água aumentou, abriu-se um rombo na cobertura, pelo qual passou a vazar uma verdadeira cachoeira, quase em cima da marca de escanteio do lado direito do ataque do Brasil no primeiro tempo. Os fotógrafos que estavam ali perto tiveram de ser remanejados.

Para tentar acelerar a drenagem, operários recorreram à rudimentares tridentes, com os quais furavam o chão. O sistema de som do estádio pediu aos torcedores que evitassem sair de seus lugares, porque as escadarias estavam escorregadias.

Pela internet, o site oficial define a condição do gramado durante a partida como "seco".

Tidos como sisudos, os alemães demonstraram grande senso de humor, no intervalo do jogo, quando ainda chovia a cântaros e eles colocaram no alto-falante do estádio a música "Raindrops Keep Falling on My Head". No segundo tempo, a chuva diminuiu, mas o local abaixo do rombo seguiu encharcado. A torcida foi ao delírio quando um jogador argentino foi cobrar o primeiro escanteio daquele lado. Ao conduzir a bola para a marca da cobrança, ela ficou presa na poça.

Em entrevista ao final da partida, o Comitê Organizador do torneio se desculpou pelo problema, atribuído ao pouco tempo que teve para testar o estádio desde a sua reabertura --após a reforma, foi entregue somente em 31 de maio passado.

Os organizadores disseram ainda que foi a primeira vez que, depois de reaberto, o campo recebeu um jogo debaixo de tão forte chuva e prometeram tomar as providências para evitar a repetição do incidente em 2006.

A cachoeira no teto durante a final soma-se assim a outro problema verificado na Copa das Confederações, este com maior incidência: invasões de campo.

Cinco partidas do torneio foram interrompidas no meio por causa da entrada de invasores, no que foi classificado como uma "vergonha" para os alemães por Franz Beckenbauer, presidente do Comitê Organizador da Copa do ano que vem.

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