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03/12/2000 - 21h26

Gustavo Kuerten é o último número um do século

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da Folha de S.Paulo

O tenista brasileiro Gustavo Kuerten, 24, é o último número um do tênis masculino mundial do século. De forma incontestável, o brasileiro derrotou hoje à tarde o norte-americano Andre Agassi, 30, por 3 a 0 (6/4, 6/4 e 6/4), na final da Masters Cup de Lisboa.

Com a vitória, Guga se transformou no primeiro sul-americano a terminar o ano no topo do esporte.

"Este é o dia mais feliz da minha vida", afirmou Kuerten, que, com a Masters, acumula dez títulos profissionais na carreira. Das dez conquistas, cinco se deram em 2000, quando se firmou como um jogador completo _foi campeão no saibro, sua especialidade, e também em quadras rápidas, como a de Lisboa.

A conquista histórica do tenista brasileiro coloca o país em um dos clubes mais fechados e exclusivos do esporte mundial.

Desde que o ranking masculino profissional foi criado, em 1973, apenas quatro países haviam tido um tenista no topo da lista ao final de uma temporada. O Brasil passa a ser, portanto, a partir de agora, a quinta nação a conseguir o feito.

Potências do tênis, casos típicos de Austrália e Espanha, nunca saborearam o gosto de ver um atleta seu terminando o ano na liderança do ranking mundial, que em 2000 teve um sistema diferente _cada jogador começou o ano com zero ponto.

A fórmula, criticada no início, transformou a luta pelo primeiro lugar em disputa emocionante nesta última semana.

Ao contrário de outros anos, em que o circuito chegava a Masters com seu campeão da temporada já decidido, o topo da modalidade em 2000 só foi decidido no último jogo do ano, embora tenham sido realizadas durante a temporada mais de 3.000 partidas.

Com a vitória sobre Agassi, Kuerten terminou a Corrida dos Campeões com uma diferença de apenas 15 pontos _839 a 824_ sobre o russo Marat Safin, que começou a disputa da Masters Cup com uma vantagem de 75 pontos sobre o brasileiro e foi eliminado nas semifinais.

O título do torneio, que Kuerten dedicou especialmente à sua mãe, trouxe outras marcas.

Amanhã, a ATP, que gastou milhões de dólares para promover os tenistas mais jovens, deve anunciar o brasileiro no primeiro lugar do ranking de entradas, o antigo sistema que continua existindo para definir os cabeças-de-chave dos torneios da entidade.

Com o título da Masters de Lisboa, que acabou lhe rendendo US$ 1,4 milhão como prêmio, o brasileiro, que no próximo Aberto da Austrália será o cabeça-de-chave número um em um Grand Slam pela primeira vez, será o tenista que mais faturou no ano: US$ 3,45 milhões.
 

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