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03/12/2000 - 21h50

Guga arrasa a "velha guarda" e salva ATP

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da Folha de S.Paulo

Em três dias, Gustavo Kuerten demoliu a "velha guarda" do tênis na Masters Cup de Lisboa, torneio que reuniu os oitos melhores tenistas da temporada, dando a arrancada que lhe assegurou o título da "corrida dos campeões".

Para alívio da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), que investiu milhões de dólares em campanhas publicitárias para promover os tenistas mais jovens, o brasileiro bateu e eliminou, na sequência, os três tenistas na ativa com os melhores resultados na década _Ievguêni Kafelnikov, 26, Pete Sampras, 29, e, na final de hoje, Andre Agassi, 30.

Kuerten conseguiu fazer o que seu grande rival na disputa pelo topo, Marat Safin, não foi capaz.

O russo, de apenas 20 anos, teve a oportunidade de ficar com o título da "corrida dos campeões" em Lisboa duas vezes, ambas contra as duas grandes estrelas do esporte na década, mas fracassou.

Na sexta-feira passada, ainda pela primeira fase e já classificado, Safin perdeu para Sampras. Ontem, já pelas semifinais, foi batido com facilidade por Agassi.

Já sentindo o perigo de ficar sem o primeiro lugar do ranking, o russo viajou de volta para seu país ainda ontem. Assim, caso Kuerten perdesse hoje, Safin não poderia receber o troféu oferecido pela ATP ao vencedor da "corrida dos campeões".

Kuerten modificou um quadro que parecia perdido para os mais jovens, tanto dentro da quadra quanto no marketing. Desde o início do Masters, os jogadores mais velhos tiveram a simpatia da torcida e os melhores resultados.

Além de Safin, outros dois jovens incluídos nas campanhas da ATP, que causaram polêmica entre alguns veteranos, fracassaram no Masters português.

Magnus Norman, 24, foi o único que não conseguiu nem sequer uma vitória. Lleyton Hewitt, 19, depois de vencer Sampras na estréia, sofreu duas derrotas e acabou eliminado. Além disso, levou um "puxão de orelha" do espanhol Alex Corretja pelo seu comportamento na quadra.

Com a ajuda dos resultados, os veteranos ocuparam o coração dos torcedores portugueses e a atenção da mídia.

Até na revista oficial da Masters, que tinha circulação diária, a capa foi monopolizada por Pete Sampras e Andre Agassi.

Já Kuerten, em Lisboa, teve desempenho oposto ao do resto da sua geração.

Contra Sampras e Agassi, mesmo jogando sem o apoio total da torcida, tomou a iniciativa do jogo sempre. Hoje, na final contra Agassi, não cedeu nenhum game para o adversário.

Antes, havia perdido apenas sete games em dois sets para Kafelnikov, outro crítico das campanhas da ATP, que incluem jogadores sem muita expressão, como o tailandês Paradorn Srichaphan.

Para a ATP, além do alívio pela vitória de Kuerten, a Masters de Lisboa foi motivo de satisfação por uma coincidência.

Pela primeira vez na história, os quatro jogadores que ficaram com os títulos do Grand Slam na temporada chegaram às semifinais da Masters.

 

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