Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
07/02/2006 - 11h15

Cigarro tenta brecha no GP Brasil de F-1 de 2006

Publicidade

FÁBIO SEIXAS
da Folha de S.Paulo

Enterrada em 1º de outubro de 2005, a exceção aberta à indústria tabagista para expor suas marcas no GP do Brasil pode ressurgir.

Orientado pelas matrizes na Europa e nos EUA, o lobby do cigarro trabalha em Brasília para tentar uma medida provisória ou uma reforma à lei 10.702, de 2003.

O objetivo é colocar os carros da Ferrari, Honda e Renault na pista de Interlagos, por uma última vez, estampando os logotipos que atualmente estão proibidos.

O assunto ainda é tratado com discrição no país, embora, no Ministério da Saúde, a pressão seja aguardada. No exterior, porém, os fabricantes já falam abertamente da expectativa para a corrida, que, neste ano, fecha a temporada da F-1, no dia 22 de outubro.

"No caso do Brasil, basicamente estamos esperando para ver se o presidente Lula manterá a exceção, que teoricamente venceu no ano passado", declarou Gary Carey, diretor de patrocínio da British American Tobacco, para o site da revista inglesa "Autosport".

O grupo, segundo do mundo no mercado de tabaco, vendeu a equipe BAR para a Honda e, hoje, atua apenas como patrocinador.

Procurado pela Folha, o Ministério da Saúde informou que, "no momento, o patrocínio de marcas de cigarro no GP está proibido, seguindo determinação da lei".

Uma mudança de cenário, no entanto, não seria novidade.

Inicialmente, a veiculação das marcas estaria proibida já para a corrida de 2001, após a promulgação da Lei Antitabaco, em dezembro de 2000. Os fabricantes, porém, conseguiram uma salvaguarda até 2003. Quando essa brecha venceu, quase cancelando a corrida, a saída de emergência foi uma medida provisória assinada às pressas pelos ministros do Esporte (Agnelo Queiroz) e da Saúde (então, Humberto Costa).

A MP deu origem à lei 10.702, que concedeu mais dois anos de prazo para o cigarro, que terminou em 30 de setembro de 2005.

O atual argumento dos fabricantes é que este será o último ano de patrocínio na F-1. "Agora é definitivo. Há um acordo auto-regulatório assinado por todos os grupos que proíbe a exposição das marcas no automobilismo após 2006", disse Carey à "Autosport".

Cada vez mais, países de todo o mundo proíbem a propaganda de cigarro na F-1 -na União Européia, o veto entrou em vigor em agosto. Caso não haja nova reviravolta no Brasil, só 6 das 19 etapas da categoria permitirão o uso das marcas: Mônaco, Malásia, China, Austrália, Bahrein e Japão.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página