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Pierre Lévy compara criação do ciberespaço à invenção da escrita e da imprensa

da Folha Online
Evelson de Freitas/Folha Imagem
Participaram do debate (esq. para dir.)Teixeira Coelho, Alcino Leite, Pierre Lévy e Rogério da Costa


O desenvolvimento da cibercultura promove, pela primeira vez na história da humanidade, a materialização da cultura em todo o mundo. A afirmação é do sociólogo e historiador da ciência Pierre Lévy, professor do departamento de hipermídia da Universidade de Paris 8. Lévy compareceu ao debate "Cibercultura: Internet e Transformações Culturais", promovido quarta-feira (31/5) pela Folha e pela Universidade Anhembi Morumbi. O mediador foi o jornalista Alcino Leite, repórter especial do jornal.
O evento, realizado às 19h30 no auditório da Folha (al. Barão de Limeira, 425, 9º andar), teve a participação de Rogério da Costa, professor de pós-graduação em comunicação e semiótica da PUC-SP, e José Teixeira Coelho Netto, professor titular da Escola de Comunicações e Artes da USP e diretor do MAC (Museu de Arte Contemporânea).
Pierre Lévy compara a criação da cultura cibernética a dois outros momentos de revolução na história da humanidade _ a invenção da escrita e a invenção da imprensa.
"Assistimos à interconexão dos seres humanos e de suas mensagens. O ciberespaço é uma esfera que está se tornando o principal meio de ligação entre as pessoas", diz o sociólogo francês.
Para ele, o desenvolvimento da Internet será acompanhado de uma ampliação da democracia. A opinião do professor Teixeira Coelho é diferente. Teixeira questiona a participação do mercado na construção do ciberespaço e o planejamento de uma sociedade da informação.
"Como seria possível fomentar a produção de identidades culturais capazes de consolidar o universo brasileiro? Não há, no Brasil, legislação sobre os possíveis crimes praticados pela cibercultura, no que se refere, por exemplo, a direitos autorais."
Pierre Lévy diz acreditar que o mercado também reprersenta diversidade. "Para mim, tudo o que limita a liberdade é que é ruim. Não há porque isolar o mercado", afirma.
"Nós não estamos preparados para lidar com o volume de informação que encontramos na Internet", salienta o professor Rogério da Costa. Segundo ele, o conhecimento é resultado da produção de sentidos estabelecidos dentro de um universo individual ou de um grupo.
A existência de uma política cultural planetária foi outro assunto abordado durante o debate. Para Lévy, a política cultural praticada já não é mais internacional, mas planetária. Isso seria positivo, segundo ele, porque significaria uma consciência política global e não apenas de competição entre os países.
O professor da PUC-SP diz que um site é um pedaço de terra virtual e abre caminho para a relação com o outro. "Na verdade, para construir um site é preciso pensar em hospitalidade, ou seja, em agradar àquele que vai chegar até ele." Os conceitos de competição cooperativa e cooperação competitiva abordados por Pierre Lévy foram o ponto forte da discussão. Para ele, a concorrência é a garantia de que muitas formas serão testadas, e a variedade de testes aumenta o aprendizado.
Para discordar, o professor Teixeira Coelho dá o exemplo da americana Microsoft. Segundo ele, empresas como essa eliminam a competição e impedem a cooperação com os clientes. Essa constatação se opõe à afirmação de Pierre Lévy de que as empresas mais competitivas são as mais cooperativas com os clientes.
"Nossa possibilidade de escolha ampliou-se, e nós não medimos a enorme possibilidade que essa liberdade nos oferece. Eu acho que nós vamos inventar outra civilização", finaliza o sociólogo.
(Adriana Resende)


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