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Sutileza, em quatro pontos de vista, domina debate sobre "Através da Janela"

Fotos Adriana Elias/Folha Imagem
O roteirista Fernando Bonassi (à esq.) e a diretora Tata Amaral durante o evento realizado quinta (18/5)
Alfred Hitchcock, Cinema Novo, Cinema Marginal, Murilo Salles, Walter Lima Jr., Walter Salles (ex-Jr.), Ingmar Bergman, Dogma, Realismo, Cinema Independente (norte-americano) e o novo cinema iraniano. Essa lista de movimentos e personalidades cinematográficas é um resumo de pessoas e termos lembrados na tentativa de definir e entender o segundo longa-metragem de Tata Amaral, "Através da Janela", em debate realizado quinta-feira (18/5) na Sala UOL de Cinema, em São Paulo.
O evento, aberto ao público e antecedido pela exibição do filme, foi promovido pela Folha, pela AF Cinema e Vídeo e pelo UOL, e contou com a participação do roteirista Fernando Bonassi, da psicanalista Maria Rita Kehl, do professor de cinema da ECA-USP Rubens Machado e da própria diretora. A mediação foi feita pelo repórter da Ilustrada Daniel Castro.
Com um ponto de convergência, a sutileza no tratamento do cotidiano e da violência presentes no trabalho, cada participante analisou a obra sob pontos de vista peculiares. Para Maria Rita, um dos pontos altos é a inversão do complexo de Édipo presente no roteiro. "Aqui, a mãe é edipiana e é ela quem ruma para a tragédia, não o filho."
Segundo Machado, este filme e "Um Céu de Estrelas", primeiro longa da diretora, entre outros, representam uma vertente do cinema nacional que aprendeu a trabalhar dramaticamente o tempo, em contraposição a uma escola gerada nos anos 80 muito mais preocupada com o espaço dramático. Em resumo, Bonassi falou em nome da equipe de "Através da Janela" e afirmou: "A gente imagina ter escrito uma história de amor".
Nessa linha, a da equipe, Tata definiu os primórdios do filme: "Tudo começou com um desejo de fazer tragédia. O argumento surgiu quando vimos Laura Cardoso em 'Vereda da Salvação', com Luís Mello falando às massas, ao público, e ela saindo do fundo do palco e parando atrás dele". Daí, na prática, para a diretora, foi partir para definições de regras, para fugir da "arapuca" que era o roteiro, como trabalhar a ação fora da câmera, usando a mãe como narradora, e apostar a dramaticidade em ações cotidianas.
Ao final do debate, Bonassi citou como exemplo a reação dos alemães a "Um Céu de Estrelas", considerado fascista em terras germânicas, e concluiu: "Eles não entendem, ninguém fora daqui entende. Por isso o nosso cinema não emplaca lá fora. Temos de entender que a nossa sutileza se traduz aqui, ela só é possível aqui".

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