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PROFISSÕES/ADMINISTRAÇÃO

Concorrido, curso envolve matemática e sociologia

DA REPORTAGEM LOCAL

É grande o leque de oportunidades para quem faz administração, uma das carreiras mais disputadas nos vestibulares. Só no primeiro semestre deste ano, a briga por uma vaga na FGV (Fundação Getúlio Vargas) _uma das mais tradicionais do país_ foi de 3.281 para 200 vagas. Na Fuvest, no ano passado, foram 5.183 para preencher apenas 210 vagas.

Para Eliana Chumer, formada pela FGV e diretora administrativa do cursinho CPV, motivos não faltam para justificar a expansão da carreira. "Investimentos externos, competitividade, redução de custos nas empresas e eficiência operacional e administrativa são os principais motivos", disse.

Por isso um bom administrador tem de ter formação generalista, isto é, precisa conhecer bem outras áreas se quiser evoluir na carreira. Quem fizer o curso terá de estudar não apenas matemática aplicada, finanças e informática, mas também direito e sociologia.

Segundo Eliana, a tendência do mercado hoje é a de valorizar mais a especialização nas áreas financeiras, de marketing, de recursos humanos e de logística.

Com o aumento de empresas no setor de comércio e de serviços nos últimos dez anos, não é raro, diz a professora, encontrar "head hunters" (caça-talentos) dentro das faculdades de administração. Sorte para os recém-formados ou alunos que estão no meio do curso e que já ocupam funções ao lado de experientes profissionais.

É o caso do estudante Tiago de Almeida Peres, 22, que está no terceiro ano da FEA/USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade) e já é assessor que atua no mercado futuro de commodities (ramo que negocia ações de produtos primários).

Na empresa em que Peres trabalha na avenida Paulista, ele controla operações de compra e venda de soja, café, açúcar e álcool. "Compramos açúcar de uma usina aqui no Brasil e vendemos o produto lá fora", disse.

Para Peres, quem estuda administração tem que começar cedo a fazer estágios ou programas de intercâmbio. Ele começou a trabalhar em razão do programa júnior que a FEA mantém com algumas empresas, uma espécie de parceria entre empresa e escola em forma de estágio remunerado. "Para mim, foi vital ter essa oportunidade no começo", disse Peres.

Em algumas faculdades, o aluno terá de optar, já no segundo ano, por alguma especialização, como marketing, recursos humanos e comércio exterior.

Marcos Campomar, professor de marketing e presidente da comissão de pesquisa da FEA/USP, afirma que o curso de administração também está sendo muito procurado por profissionais de outras áreas, como médicos, engenheiros ou advogados. Ele diz que a busca pela qualificação é uma regra fixa de mercado. "Um engenheiro só pode ser promovido a supervisor, gerente ou chefe de departamento se souber aplicar técnicas de administração."

"O mesmo raciocínio vale para o médico que é escolhido para ser o diretor ou supervisor de um hospital. Ele tem que gerenciar o funcionamento da unidade." Quem faz administração pública pode trabalhar em órgãos e instituições do governo e ONGs (organizações não-governamentais).

(FERNANDO TADEU SANTOS)

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