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RESUMÃO/GEOGRAFIA
Urbanização e suas consequências

MÁRCIO MASATOSHI KONDO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Apesar de existirem desde a Antiguidade, as cidades passam a ocupar, de fato, o centro da vida somente a partir da Revolução Industrial. Com todos os atrativos e vantagens, principalmente materiais, que a cidade oferece e com a liberação da mão-de-obra rural, a urbanização pode ser considerada a marca registrada do século 20. E, em decorrência dela, surgem os problemas ambientais.

Como o ritmo de expansão da cidade é mais acelerado do que a ampliação da sua infra-estrutura, eles tendem a piorar com o tempo, ficando muito graves nas regiões mais pobres porque aos problemas "normais" somam-se a miséria, a falta de saneamento básico e a ocupação caótica dos espaços urbanos.

A perda da cobertura vegetal, provocada pela ocupação humana e industrial e para a instalação de vias de circulação, diminui a infiltração da água no solo, afeta a fauna, reduz a umidade atmosférica, aumenta a erosão, acaba com os mananciais. Com isso, a cidade passa a conviver com o assoreamento de canais e represas, a falta d’água, os deslizamentos de morros e as inundações. A impermeabilização do solo acentua as chamadas "ilhas de calor".

A poluição do ar, causada pelas indústrias e, principalmente, pela fumaça lançada pelos veículos, provoca doenças e intensifica o efeito estufa. Além disso, nos secos meses do inverno tropical, a inversão térmica acaba concentrando ainda mais os poluentes.

O lixo doméstico e os resíduos industriais são outro problema: o lixo é, além de poluição e de fonte de doenças, desperdício de matérias-primas. O lixo orgânico tem três destinos: incinerado, o que polui o ar; transformado em adubo nas usinas de compostagem; depositado em aterros sanitários, o que produz um líquido altamente tóxico, conhecido como "chorume", e o gás metano, boa fonte energética. O lixo não-orgânico pode ser reciclado por meio de coleta seletiva, e a reciclagem é uma fonte de renda, diminui o desperdício de matérias-primas e reduz a poluição. Já os volumosos resíduos líquidos necessitam de tratamento e exigem vultosos recursos para a instalação de coletores e estações de tratamento.

Para assegurar a melhoria da qualidade de vida em uma cidade, é necessário não só que se adote uma prática político-administrativa que contemple os aspectos ligados diretamente ao meio ambiente, como falta d’água, efeito estufa, poluição do ar, desmatamento, destino do lixo, deslizamento de morros, contaminação de água etc., mas também que se invista maciçamente em infra-estrutura e em estratégias de desenvolvimento tecnológico, econômico, social e cultural.
Márcio Masatoshi Kondo é professor do Objetivo em Americana, Piracicaba e Limeira e do Positivo em Capivari

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  • História
  • Português
  • Física
  • Atualidades


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