Carlos Heitor Cony
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Capa do livro "O Primo Basílio", uma de suas principais obras, escrito por Eça de Queiroz, em 1878
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  Maria Adelaide Amaral
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  Conto - "Suave Milagre"
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  25.nov.1945
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  Beatriz Berrini
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A crônica é como que a conversa íntima, indolente, desleixada, do jornal com os que o lêem: conta mil coisas, sem sistema, sem nexo; espalha-se livremente pela natureza, pela vida, pela literatura, pela cidade; fala das festas, dos bailes, dos teatros, das modas, dos enfeites, fala de tudo, baixinho, como se faz ao serão, ao braseiro, ou ainda de verão, no campo, quando o ar está triste.
(1876)
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LITERATURA
Brasil festeja centenário com livros novos, revistas e série de TV
Academia Brasileira de Letras encerra dia 22 ciclo de palestras do escritor

CECILIA NEGRÃO
free-lance para a Folha Online

O escritor Eça de Queiroz (1845-1900) é uma referência literária em todo o mundo. Ele é o grande mestre do romance português moderno e certamente o mais popular entre os escritores de Portugal do século 19. No Brasil, o centenário da morte de Eça está sendo comemorado com o lançamento de livros novos, palestras, publicações específicas sobre o escritor em revistas e com uma série de TV.

No ano do centenário de Eça de Queiroz, que teve vários textos seus adaptados para teatro, cinema e TV, a editora Nova Aguilar lança os dois últimos volumes da obra completa do autor português. Pela primeira vez, textos jornalísticos de Eça são organizados por periódicos (como "Gazeta de Portugal", "A Actualidade", "Gazeta de Notícias", "Revista de Portugal" e "Revista Moderna"), publicados em diferentes épocas.

Os livros têm perfis, prefácios, colaborações avulsas e textos publicados postumamente, como notas de viagem, artigos e relatórios consulares. Contêm também correspondências de Eça, incluindo cartas para a família, amigos portugueses e brasileiros, correspondência consular e cartas aos editores.

No lançamento, que aconteceu no dia do centenário da morte de Eça de Queiroz (16 de agosto), no Rio de Janeiro, estiveram presentes a professora da PUC-SP Beatriz Berrini, organizadora dos volumes, e o português Campos Matos, especialista na obra de Eça.

A obra, no entanto, não foi feita para o bolso popular. Seu preço, se comparado ao de obras vendidas em livrarias, foi taxado em R$ 190 e R$ 110, respectivamente.

A diretora de TV Maria Adelaide Amaral também aderiu às comemorações. Ela, que é portuguesa, diz ser "apaixonada" por Eça de Queiroz. Maria Adelaide, que é autora da adaptação da série "A Muralha", exibida pela Globo neste ano, está adaptando o texto "Os Maias" para uma série, que deve ser exibida em janeiro de 2001.

Ainda no passo das comemorações, a ABL (Academia Brasileira de Letras) deu início, desde o dia 18 de julho, a um ciclo de conferências comemorativo ao centenário da morte de Eça de Queiroz. As conferências se realizam sempre às terças-feiras, às 17h30, na Sala José de Alencar, na sede da instituição, no Rio. A abertura do ciclo esteve a cargo do professor Carlos Reis, diretor da Biblioteca Nacional de Lisboa.

No encerramento, programado para a próxima terça-feira, dia 22, o cônsul-geral de Portugal, Luís Filipe de Castro Mendes, participa do evento.

Ainda em homenagem ao escritor, a editora Record está lançando "Quando Tínhamos Verbos" (182 págs, R$ 15), uma seleção de frases do escritor selecionadas pelo jornalista e escritor Marcello Rollemberg.

No mundo inteiro comemora-se o centenário de morte do escritor português, em programas que incluem exposições, congressos, edições críticas e publicações de obras em formato digital, por exemplo.

Exposição

As comemorações se estendem em Portugal, EUA, França e Itália. A exposição "Eça e a Escrita do Mundo", com originais, manuscritos, retratos, gravuras e fotografias da época que está na Biblioteca Nacional de Lisboa.

A exposição foi inaugurada em 06 de junho em Lisboa e vem ao Brasil a partir de 6 de novembro, e fica no Memorial da América Latina, em São Paulo.


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De cima para baixo: O chamado "clube dos cinco", em 1884: da esquerda para a direita, Eça, Oliveira Martins, Antero de Quental, Ramalho Ortigão e Guerra Junqueiro; Eça com a filha Maria, a primogênita; Eça com Ramalho Ortigão; e Eça com sua mulher, Emília.