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BANDAS
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Ira e Ultraje revivem anos 80 juntos no palco
da Folha Online
As histórias do Ira! e do Ultraje a Rigor, duas bandas nacionais formadas entre os anos 80 e 90, se cruzam.
Maior símbolo do rock paulista, o Ira! mantém a mesma formação desde o lançamento de seu primeiro álbum, “Mudança de Comportamento”, em 1985, com Edgard Scandurra (guitarra), Nasi (vocal), Ricardo Gaspar (baixo) e André Jung (bateria).
Em 80, quando Edgard Scabdurra dividia o tempo entre o Ira! e o Ultraje a Rigor, banda que havia formado com alguns amigos e que viria a abandonar para se dedicar ao Ira!.
Dois anos depois, o produtor Pena Schimidt descobriu a banda, nessa época contando com Charles Gavin na bateria, que mais tarde iria para os Titãs, e Dino,velho companheiro de palco, no contrabaixo, e os levou até a gravadora Warner, onde fariam seu primeiro compacto com as músicas “Gritos na Multidão” e “Pobre Paulista”.
Em março de 85, após trocar Dino por Ricardo Gaspa, e Charles Gavin pelo ex-titã André Jung, o Ira!, gravaria seu primeiro LP, “Mudança de Comportamento”.
No ano seguinte, com maior prestígio dentro e fora da gravadora, a banda lançaria seu segundo LP, “Vivendo e Não Aprendendo”. O álbum, com hits como “Envelheço na Cidade”, “Flores em Você”, “Pobre Paulista” e “Gritos na Multidão”, foi um sucesso, atingindo 200 mil cópias vendidas
O Ira! já tem seis álbuns. O último, “Isso é Amor”, foi lançado em novembro de 99.
Folha Imagem Os integrantes do grupo Ultraje a Rigor, que faz show no Rock in Rio | Já o Ultraje, que entrará no palco junto do Ira! neste Rock in Rio, foi formado no final de 80, como uma banda de covers. Roger, Leôspa, Sílvio e Edgard Scandurra começaram a se apresentar em festas e barzinhos e, em 82, ainda sem nome fixo, virou Ultraje a Rigor.
Com a mesma formação, em abril de 83 eles foram descobertos por Pena Schimidt também, quando participavam do projeto “Bôca no Trombone”, do Teatro Lira Paulistana, em São Paulo.
Na Wea, o grupo gravou seu primeiro compacto, “Inútil/Mim quer Tocar”. Após a gravação do compacto, Edgar Scandurra se dedicou somente ao Ira! e, para seu lugar, foi chamado Carlinhos. Foi quando saiu o segundo compacto, “Eu Me Amo/Rebelde Sem Causa”, em 84.
O primeiro LP do Ultraje, “Nós Vamos Invadir sua Praia”, foi lançado a seguir e puxado inicialmente pelo hit “Ciúme”. Das 11 músicas do disco, nove foram executadas frequentemente nas rádios e o Ultraje quebrou recordes de público em diversas casas de shows no Brasil inteiro.
No começo de 86, gravaram um EP chamado “Liberdade para Marylou”, com uma versão remixada de “Nós Vamos Invadir Sua Praia”, o “Hino dos Cafajestes” e “Marylou”, gravada em ritmo de carnaval e com as frases censuradas, que foram substituídas por frases de trombone.
Já em 87, com seu segundo LP, “Sexo”, a banda tinha um novo integrante, Sérgio Serra, na guitarra.
Em 89, amadurecidos e um pouco estressados pelas longas tournées, gravaram “Crescendo”, o terceiro LP. O disco foi lançado em meio a uma polêmica de censura com a música “Filha da Puta”.
Em 90, o Ultraje voltou às suas origens e lançou um disco de covers, “Por Quê Ultraje a Rigor”, com músicas que faziam parte de seu repertório original.
No ano passado, o Ultraje retornou à carreira com o CD ao vivo “18 Anos Sem Tirar”, reunindo seus maiores sucessos além de cinco músicas inéditas e com nova formação, Roger, na guitarra e vocal, Flávio Suete, na bateria, Mingau, no baixo, e Heraldo Paarmann, na guitarra.
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