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13/02/2001 - 04h18

Filmes indicados ao Oscar são anunciados hoje em Los Angeles

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SÉRGIO DÁVILA, da Folha de S.Paulo

"E o Oscar vai para..." quem? A pergunta mais importante da indústria do cinema mundial começa a ser respondida às 5h38 de hoje, horário de Los Angeles, quando a Academia de Ciências Cinematográficas anuncia os
indicados ao 73º Oscar.

O anúncio será transmitido hoje às 11h30 (horário de Brasília) pelos canais Telecine Premium (Net/Sky), CNN International e CNN en Español (Net/Sky e TVA/DirecTV).

"O Tigre o o Dragão", de Ang Lee, "Gladiador", de Ridley Scott, e a dobradinha "Traffic" e "Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento", ambos de Steven Soderbergh, devem dominar as indicações nas duas principais categorias, diretor e filme.

Russell Crowe ("Gladiador"), Tom Hanks ("Náufrago") e Jamie Bell ("Billy Elliot"), entre os atores, e Julia Roberts ("Erin Brockovich"), Ellen Burstyn ("Requiem for a Dream"), Joan Allen ("The Contender") e Laura Linney ("You Can Count on Me"), entre as atrizes, despontam como favoritos. (Aliás, torça para que os três filmes das atrizes além de "Brockovich" cheguem ao Brasil logo: o trio está entre os melhores títulos do ano nos EUA de longe.)

E, no quesito "como era verde meu lobby", não é impossível que os irmãos Weinstein, da Miramax, emplaquem algo com seus dois filmes de trabalho. São os fracos "Chocolate", do mesmo Lasse Hallstrom de "Minha Vida de Cachorro", e "Malena", do italiano Giuseppe Tornatore de "Cinema Paradiso".

Foram investidos US$ 30 milhões só em publicidade de Oscar -para ter uma idéia, "Chocolate" inteiro custou US$ 25 milhões. Não se deve desprezar o poder de fogo da dupla: foi assim que os Weinstein ganharam tudo em 1998 com o também meia-boca "Shakespeare Apaixonado".

Sejam quais forem os nomes anunciados hoje, no entanto, Hollywood não deve ser a mesma depois do fenômeno Soderbergh. A ascensão do diretor independente ao "mainstream" do cinema é mais do que o justo reconhecimento por seu talento.

Indica a confirmação de um movimento saudável que começou já no ano passado, quando o principal premiado foi o "marginal" (pelo menos entre os oito grandes estúdios) "Beleza Americana", de um diretor britânico bancado por Steven Spielberg.

"Em cinco anos, veremos o fim do sistema de estúdios", disse Soderbergh no Festival de Berlim.

"No final, usaremos essa estrutura apenas na distribuição, não mais como centros de produção e desenvolvimento de filmes."

O Brasil concorre às indicações para melhor filme estrangeiro com a comédia humana "Eu Tu Eles", de Andrucha Waddington. O segundo longa do diretor da produtora Conspiração, candidato oficial do país, é uma das zebras entre os 46 candidatos.

Um dos motivos: "O Tigre e o Dragão", do chinês de Taiwan Ang Lee e da mesma Sony Classics do brasileiro, deve levar tudo. A fábula-marcial-globalizada-com-toques-de-"Matrix" é mesmo um dos melhores filmes do ano, estrangeiros ou locais.

O outro é a concorrência de uma safra atipicamente boa. Despontam como
os outros indicados o belo "Os Cem Passos", do italiano Marco Tullio Giordana, e "Amores Brutos", do mexicano Alejandro González Iñárritu, ambos indicados ao Globo de Ouro.

Correndo por fora, "Amor à Flor da Pele", de Wong Kar-wai. O quinto indicado? Pode até ser o brasileiro, mas nem mesmo os analistas mais bem-informados de Hollywood arriscam palpites nessa categoria.

Depois da manhã de hoje, o cronômetro é zerado e passa a contar quantas horas faltam para a cerimônia de entrega, que acontece dia 25 de março em Los Angeles.
 

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