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19/03/2001 - 11h47

"O Tigre e o Dragão" atrai a atenção para o cinema asiático

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da Reuters, em Washington

O sucesso sem precedentes de "O Tigre e o Dragão" pode marcar o começo de um novo período de aceitação do cinema asiático nas telas dos Estados Unidos.

O filme, rodado na China com alguns dos mais famosos atores asiáticos, por um diretor nascido em Taiwan, está quebrando recordes nos EUA apesar de ser exibido com legendas, o que normalmente não é bem aceito pelo público norte-americano.

"O Tigre e o Dragão" é o primeiro filme asiático indicado ao Oscar de melhor filme, além de nove outras categorias. Já é também a melhor bilheteria de um filme estrangeiro nos EUA: US$ 100 milhões.

"Esses filmes da Ásia podem ter uma audiência maior, não só o público dos filmes de arte", diz Marian Masone, diretora-associada de programação do Lincoln Center, em Nova York.

Apesar de ela achar que ainda é cedo para falar em uma onda do cinema asiático, o fato é que vários filmes do continente foram lançados nos EUA este ano - "Chunhyang", da Coréia do Sul, "As Coisas Simples da Vida", de Taiwan, e "Amor à Flor da Pele", de Hong Kong, por exemplo. A questão é: por que agora?

John Kuo Wei Tchen, diretor de um programa de estudos sobre Ásia na Universidade de Nova York, acha que tem a ver com a tradição "orientalista", pela qual o Ocidente alternadamente romantiza e demoniza o "exótico Oriente".

"O orientalismo tem sido um recurso para norte-americanos e europeus quando eles não estão satisfeitos com algo na própria cultura". Para Tchen, os filmes asiáticos se debruçam sobre as questões humanas de uma maneira rara em Hollywood.

Mas Ang Lee, 46, vive nos EUA desde o final dos anos 1970 e teve um norte-americano, o produtor James Schamus, como colaborador na adaptação de "O Tigre e o Dragão".

Por isso, alguns acham que esse filme não pode ser considerado autenticamente asiático. "Não, a percepção junto ao público é que é um filme estrangeiro, e isso é o que importa", diz Paul Dergarabedian, presidente da Exhibitor Relations Co., que afere os dados de bilheteria. "Isso pode dar aos estúdios estímulo para financiar filmes parecidos", disse.

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