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23/03/2001 - 05h27

Confira as apostas para as principais categorias do Oscar

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SÉRGIO DÁVILA, da Folha de S.Paulo

É a luta do século. De um lado do ringue, o Império Romano, onde o Sol nunca se põe. Do outro, o Império do Centro. Ocidente x oriente. Yin x yang. Establishment x outsider.

Em menos de 48 horas, "Gladiador" e "O Tigre e o Dragão" se encontram na principal arena do cinema mundial, a cerimônia de entrega do Oscar, em Los Angeles, em que concorrem ao prêmio de melhor filme, o mais importante, entre vários outros.

Assim como a economia e a astrologia, o Oscar não é uma ciência exata, mas cabem algumas apostas.

O épico romano dirigido por Ridley Scott tem a seu favor o fato de concorrer a 12 estatuetas, o recorde do ano. Além disso, é o tipo de filme que a Academia gosta de premiar. Mais: levou o Globo de Ouro em janeiro.

Já a fábula marcial do taiwanês Ang Lee ostenta outro recorde: é o primeiro filme de língua não-inglesa a ultrapassar a barreira dos US$ 100 milhões em bilheteria nos EUA (em segundo lugar está o italiano "A Vida É Bela", com distantes US$ 60 milhões).

Paradoxalmente, é o fato de ser "muito estrangeiro" a principal fraqueza de "Tigre" aos olhos da conservadora Academia: dirigido por um chinês, é falado em mandarim e seus atores principais são de Hong Kong e da Malásia.

As zebras na categoria são os outros três, "Chocolate", "Traffic" e "Erin Brockovich".

Na direção, a história muda. Embora os mesmos Ridley Scott e Ang Lee concorram, a noite parece ser do "enfant terrible" Steven Soderbergh, 38, que disputa consigo mesmo por "Traffic" e "Erin Brockovich", algo que só aconteceu em 1938. Fosse a vida justa, Soderbergh levaria pelo superior "Traffic", o seu melhor filme desde "sexo, mentiras e videotape", que o revelou.

Mas tudo aponta para que o mais tradicional "Erin Brockovich" lhe valha a noite. Por fora corre o britânico Stephen Daldry, pelo meloso "Billy Elliot".

É do mesmo "Erin Brockovich" que vem a maior certeza da noite. Julia Roberts já deve ter decorado seu discurso de agradecimento pelo prêmio de melhor atriz.

Esnobada duas vezes antes (90 e 91), ela está pagando exato um por um na tradicional bolsa de apostas de Londres.

De novo, não será justo. Exceto por Juliette Binoche ("Chocolate"), qualquer uma das outras três concorrentes merecia mais o prêmio do que a musa dos dentes perfeitos.

Para citar apenas uma, Ellen Burstyn é a força do injustamente desprezado "Requiem for a Dream", de Darren Aronofsky, o filme mais incômodo de 2000.

Também definida está a guerra por ator: deve ser de Russell Crowe ("Gladiador") e acabou. Ele está tão bem quanto Tom Hanks (por "Náufrago", mas ganhar pela terceira vez?) e Javier Bardem ("Quem?", devem ter dito os votantes sobre o espanhol de "Antes do Anoitecer").

E melhor do que o histriônico Geoffrey Rush ("Contos Proibidos do Marquês de Sade") e o maneirista Ed Harris ("Pollock").

O mesmo favoritismo apresenta o porto-riquenho Benicio Del Toro ("Traffic"), na categoria de ator coadjuvante, o que será mais do que merecido, e a fraca Kate Hudson ("Quase Famosos"), na contrapartida feminina, o que terá sido puro lobby.

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