23/03/2001 - 09h37

Steve Martin promete discrição na condução da cerimônia do Oscar

da Reuters, em Los Angeles

Se você espera uma noite "selvagem e maluca" neste domingo, quando o comediante Steve Martin subir ao palco para apresentar a 73ª cerimônia anual de entrega do Oscar, prepare-se para se decepcionar: o homem que antigamente ia trabalhar no teatro com uma flecha atravessada na cabeça pretende agir com discrição e classe.

Afinal, é o Oscar, a mais antiga e elegante cerimônia de entrega de prêmios de Hollywood, e isso significa tapetes vermelhos e limusines a perder de vista.

Atores como Tom Hanks e Russell Crowe virão de smoking e gravata. Atrizes como Julia Roberts e Kate Hudson estarão chiquérrimas, usando criações de nomes como Calvin Klein, Armani, Prada ou o quentíssimo -no momento- Randolph Duke.

Para não destoar desse clima, o sujeito mais "selvagem e maluco" dos Estados Unidos pretende adotar um tom clássico, mas também engraçado, quando subir ao palco para apresentar a cerimônia do Oscar, que terá lugar no Shrine Auditorium de Los Angeles pela última vez - a partir do ano que vem a festa será transferida para Hollywood, onde está sendo construído um teatro novo para abrigá-la.

"Steve possui uma elegância que remete aos tempos de Johnny Carson", disse Gil Cates, que vai produzir a cerimônia pela décima vez. "Ele faz comédia, mas também é extremamente inteligente e divertido."

Em sua primeira experiência como apresentador do Oscar, Steve Martin terá um antecessor de peso a substituir: Billy Crystal, que sempre deixou a platéia do Oscar rolando de rir. Crystal apresentou a cerimônia sete vezes nos últimos dez anos, mas retirou seu nome da parada este ano, alegando ter outros compromissos agendados.

Segundo Cates, Martin vai adotar uma abordagem mais clássica e cerebral do que o estilo pândego de Billy Crystal. Mas os detalhes só serão conhecidos no domingo à noite.

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