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26/03/2001 - 00h54

Benicio del Toro passou a ser o "Marlon Brando latino" em 3 meses

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da France Presse, em Los Angeles

Benicio del Toro, que ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante por seu excelente trabalho em "Traffic", em apenas três meses passou de respeitado ator a autêntica estrela, ganhando inclusive o apelido de "Marlon Brando latino".

Aos 34 anos, este porto-riquenho ingressa na elite de Hollywood graças ao papel de um policial mexicano que trata de cumprir com suas funções no corrupto mundo do narcotráfico, resistindo à tentação do dinheiro apesar de um salário miserável de US$ 316.

"Quero dedicar este prêmio aos habitantes de Nogales, Arizona e de Nogales, México" duas localidades da fronteira da Amércia do Norte onde parte do filme foi gravada", disse o ator que recebeu a estatueta das mãos da atriz Angelina Jolie. Benicio del Toro agradeceu também ao diretor do filme, Steven Sodebergh.

Para viver o policial Javier Rodríguez, que já lhe havia valido o Globo de Ouro, o Urso de Prata no festival de Berlim e o prêmio de melhor ator do Sindicato dos Atores (SAG), Del Toro passou um tempo com oficiais da agência norte-americana antidrogas (DEA) na fronteira.

"Ele é um ator muito apaixonado e dedicado", disse o diretor de Traffic Steven Soderbergh ao jornal USA Today. "Não que seja um perfeccionista.

Não acho que ele fique muito preocupado em ser perfeito. Ele só quer ser autêntico. É uma questão de honestidade. Respeito totalmente esse tipo de dedicação".

Seu personagem fala quase todo o tempo em espanhol. Del toro é porto-riquenho, e domina fluentemente a língua, mas teve que se preparar bastante para interpretar um tipo com sotaque mexicano com a máxima fidelidade.

Nascido em fevereiro de 1967 numa família de advogados de Santurce (Porto Rico), Del Toro perdeu a mãe muito cedo, e aos 12 anos mudou-se com o pai para uma fazenda da Pensilvânia (nordeste dos EUA).

Sua família preferia vê-lo advogado, mas ele descobriu sua paixão pelo teatro na universidade e conseguiu uma bolsa para seguir os estudos no conservatório Stella Adler de Nova York.

Morando em Los Angeles, começou a se destacar em 1995 ao viver um criminoso excêntrico em "Os Suspeitos", de Bryan Singer, e rapidamente se tornou num dos ícones do cinema independente.

"Benny não é um ator típico", disse recentemente o diretor Julian Schnabel, que o dirigiu em "Basquiat - traços de uma vida", e lhe ofereceu o papel de Reinaldo Arenas em "Antes que anoiteça", que finalmente interpretou Javier Bardem.

Suas interpretações seguintes foram obscuras e intensas, em filmes como "Os Chefões" de Abel Ferrara, "Medo e Delírio", de Terry Gilliam, ou "Snatch" de Guy Ritchie, conquistou a crítica, a indústria e também sua família.

"Agora meu pai está grudado no computador, vendo o que estão dizendo de mim", disse ao USA Today. "Estão muito orgulhosos".

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