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23/08/2001 - 19h46

Folclore do lobisomem muda de acordo com a região do país

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CAROLINA FARIAS
free-lance para a Folha Vale

O principal "homenageado" da festa do folclore de São Luís do Paraitinga -o lobisomem- tem características diferentes em cada região do país, segundo o pesquisador e contador de histórias, Giba Pedroza.

"O lobisomem no Brasil muda muito, mas é sempre associado a uma sina moralista cristã, de culpa. Ele tem um arquétipo parecido com o do vampiro, de solidão e tristeza", explica o pesquisador.

Histórias de lobisomem existem em todo o mundo. Em Portugal, por exemplo, é feminino.

No Brasil, diz a história que toda mulher que der luz a sete filhos homens, um deles vira lobisomem, que é uma mistura de cachorro ou lobo com o ser humano. "Ele é magro, tem olhar triste e orelhas grandes", conta Pedroza.

No Sudeste e Sul do país, o lobisomem é o resultado de relações sexuais incestuosas, entre irmãos, primos ou compadres.

O homem que se transforma na criatura é rabugento e se alimenta pouco, mas gosta de apreciar comidas muito salgadas, por causa do gosto de sangue que fica em sua boca. É apático, de gestos vagarosos, anda um pouco curvado e é abatido.

As informações são do livro "Geografia dos Mitos Brasileiros", de Câmara Cascudo, fonte de inspiração de Pedroza, que há 11 anos pesquisa histórias do folclore brasileiro.

Leia também:

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