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23/11/2001 - 04h01

"P. Diddy" quer voltar a falar somente de música

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TETÉ RIBEIRO
free-lance para a Folha, em Nova York

O encontro com o rapper/produtor/estilista P. Diddy, ex-Puff Daddy e Sean John Combs de batismo, começa com um aviso. "Pergunte o que quiser", diz, dando a mão (um aperto nada firme, por sinal, sabe quando a pessoa deixa a mão morta e espera que a outra faça toda a força?) e perguntando de onde vinha a repórter ("Brasil? Não conheço nada sobre o seu país, só o que vejo no canal E!", declarou).

"Só não responderei perguntas sobre "a celebridade" esta tarde", acrescentou. Ele próprio se apresenta para a entrevista parecendo quase nada com uma celebridade, exatas 48 horas depois de ter recebido o prêmio de celebridade mais bem vestida do ano pela VH1 Fashion Awards.

Vestia calça de agasalho azul marinho, com elástico na cintura e no tornozelo, camiseta gigantesca branca, chinelo estilo Rider e meia branca, boné do Corpo de Bombeiros de Nova York e um anel com um imenso diamante no dedinho esquerdo. O volume da camiseta larga em cima da calça de agasalho também solta fazia o produtor parecer gordinho.

Ele também é bem menos alto do que se pensa (no máximo 1,70 m). Parece um garoto, bem mais novo do que os 32 anos que acaba de completar (dia 4 de novembro). Dava a impressão de ser o filho do dono do estúdio na Times Square, onde recebeu a Folha.

Mas ele quer falar de música. Quer falar sobre P. Diddy, seu nome artístico mais recente, que só deve ser usado para a área musical. É o nome com que ele assina seu último CD, "P. Diddy and the Bad Boy Family, The Saga Continues". Atende por Sean John quando o assunto é sua grife, que tem o mesmo nome.

E Sean "Puffy" Combs quando trabalha como ator (estreou no cinema este ano, no papel do traficante Ruiz, no filme "Made", com John Favreau e Vince Vaughn). Os amigos o chamam de Puff. "Minha mãe me chama como quiser. Ela pode até assobiar que eu atendo", brinca ele, que sempre que pode agradece à mãe por tê-lo criado sozinha. O pai, um traficante de drogas, morreu assassinado no Central Park quando o cantor tinha cinco anos.

A celebridade é Puff Daddy, seu codinome mais popular, usado nos últimos meses pelos tablóides que cobriram o processo judicial por porte ilegal de arma, tentativa de homicídio e suborno, do qual foi inocentado. Assim como o fim de seu namoro com a atriz/cantora Jennifer Lopez, que escolheu o último 14 de fevereiro, o Dia dos Namorados nos EUA, para terminar a relação de três anos e meio.

"No último ano e meio, o nível de celebridade ficou tão alto que muitas pessoas se esqueceram do que é o fundamento do meu trabalho: a música. Sou antes de tudo um performer."

Mas também estilista ("Sou o John Galliano ou o Tom Ford da grife Sean John"), produtor (está remixando músicas de Michael Jackson e de Janet Jackson e prepara o lançamento de um disco de música gospel chamado "Thank You", que reverterá fundos para as vítimas dos ataques de 11 de setembro) e ás do marketing. Tudo isso forma o império Bad Boy
Entertainment, que faturou US$ 300 milhões no ano passado.

"A idéia de que eu passo as tardes de casaco de pele, cheio de diamantes, bebendo champanhe rodeado de modelos e estrelas do cinema em festas é errada. Passo os dias no estúdio, controlando meus negócios. Tenho seis reuniões por dia, sou o primeiro que chega e o último que vai embora."

"The Saga Continues" chegou ao segundo lugar na lista dos cem mais vendidos da revista "Billboard" e permaneceu durante 14 semanas na parada. O primeiro clipe, da música "Bad Boy for Life", tem participações especiais do ator Ben Stiller, do pugilista Mike Tyson e do rapper Ice T.


THE SAGA CONTINUES
De:
P. Diddy and the Bad Boy Family
Gravadora: BMG
Quanto: R$ 27 (em média)
 

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