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28/12/2001
-
16h45
CRISTINA AMORIM
da Folha Online
Algumas modificações foram feitas na história de "O Senhor dos Anéis" na sua adaptação para o cinema.
A princesa elfa Arwen (Liv Tyler) ganhou mais destaque (afinal, alguém pode imaginar um bom roteiro de cinema sem o contraponto feminino?).
O simpático Tom Bombadil, que no livro surge tão repentinamente quanto desaparece, nem dá as caras no filme.
Um resumo da história no início da projeção deixa a par aqueles que não leram a obra. Alguns trechos foram reduzidos, enquanto outros, como as cenas de ação, foram valorizados, pelo bem do ritmo cinematográfico.
Mas os antigos fãs -assim como os novos- não têm do que reclamar. Todos os personagens principais estão lá: os hobbits Frodo, Bilbo (Ian Holm), Sam (Sean Astin), Merry (Dominic Monaghan) e Pippin (Billy Boyd), o viajante Passolargo (Viggo Mortensen), o mago Gandalf (Ian McKellen), os príncipes Legolas (Orlando Bloom), Gimli (John Rhys-Davies) e Boromir (Sean Bean) e, claro, o Um Anel.
Ele, aliás, é tratado no filme como um personagem, e não apenas como um objeto, como deveria ser. Assim como o élfico, língua criada pelo escritor, é fluente e soa como uma melodia.
O Condado, terra-natal dos hobbits, é perfeita com suas tocas e sua alegria ingênua. Todos os figurinos, a cenografia e, sim, as interpretações foram tratadas com muito carinho pela produção.
O filme roda como uma máquina bem-azeitada. Mas a impressão que "já-vi-essa-história-antes" não sai da cabeça. Talvez porque a influência que "O Senhor dos Anéis" exerceu na cultura pop seja gritante -do clássico "Guerra nas Estrelas" ao desenho "Caverna do Dragão", muitos já beberam desta fonte.
Talvez o problema seja ver, na tela, tudo o que a imaginação havia criado. A magia do livro reside justamente na capacidade de cada um em criar um mundo único, singular. Mas, depois de ver a obra de Jackson, de uma coisa pode-se ter certeza: vale a pena correr o risco.
Saiba tudo sobre "O Senhor dos Anéis"
Filme dá mais ênfase a princesa e esquece personagem do livro
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da Folha Online
Algumas modificações foram feitas na história de "O Senhor dos Anéis" na sua adaptação para o cinema.
A princesa elfa Arwen (Liv Tyler) ganhou mais destaque (afinal, alguém pode imaginar um bom roteiro de cinema sem o contraponto feminino?).
O simpático Tom Bombadil, que no livro surge tão repentinamente quanto desaparece, nem dá as caras no filme.
Um resumo da história no início da projeção deixa a par aqueles que não leram a obra. Alguns trechos foram reduzidos, enquanto outros, como as cenas de ação, foram valorizados, pelo bem do ritmo cinematográfico.
Mas os antigos fãs -assim como os novos- não têm do que reclamar. Todos os personagens principais estão lá: os hobbits Frodo, Bilbo (Ian Holm), Sam (Sean Astin), Merry (Dominic Monaghan) e Pippin (Billy Boyd), o viajante Passolargo (Viggo Mortensen), o mago Gandalf (Ian McKellen), os príncipes Legolas (Orlando Bloom), Gimli (John Rhys-Davies) e Boromir (Sean Bean) e, claro, o Um Anel.
Ele, aliás, é tratado no filme como um personagem, e não apenas como um objeto, como deveria ser. Assim como o élfico, língua criada pelo escritor, é fluente e soa como uma melodia.
O Condado, terra-natal dos hobbits, é perfeita com suas tocas e sua alegria ingênua. Todos os figurinos, a cenografia e, sim, as interpretações foram tratadas com muito carinho pela produção.
O filme roda como uma máquina bem-azeitada. Mas a impressão que "já-vi-essa-história-antes" não sai da cabeça. Talvez porque a influência que "O Senhor dos Anéis" exerceu na cultura pop seja gritante -do clássico "Guerra nas Estrelas" ao desenho "Caverna do Dragão", muitos já beberam desta fonte.
Talvez o problema seja ver, na tela, tudo o que a imaginação havia criado. A magia do livro reside justamente na capacidade de cada um em criar um mundo único, singular. Mas, depois de ver a obra de Jackson, de uma coisa pode-se ter certeza: vale a pena correr o risco.
Saiba tudo sobre "O Senhor dos Anéis"
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