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17/07/2000
-
14h20
do Banco de Dados da Folha de S. Paulo
A "primeira-dama do samba", como era conhecida Dona Neuma, morreu nesta segunda-feira (17)após ficar 12 dias internada no Hospital Salgado Filho, no Rio de Janeiro.
Neuma Gonçalves da Silva, de 78 anos, foi operada para drenagem de um coágulo no cérebro, mas seu estado de saúde piorou na última quinta-feira, quando entrou em coma.
Filha de Saturnino Gonçalves, primeiro presidente da Mangueira, Dona Neuma, a "primeira-dama do samba" viu a escola nascer e se desenvolver, fazendo parte da sua história.
Mema, como era chamada no morro, nasceu em 8 de maio 1922, em Madureira. Em 1933, o pai, doente, quis morrer na Mangueira e a família se mudou para lá.
Saturnino Gonçalves morreu em 1935, quando o enredo da escola foi em homenagem ao poeta Jorge de Lima.
Mangueira
A escola de samba Estação Primeira de Mangueira foi fundada em 1928 e no ano seguinte, Dona Neuma já estava entre as baianas, ala que acompanhou durante toda a vida.
Com a vida toda ligada à escola, Neuma teve o privilégio de conhecer os ancestrais da verde e rosa, como Cartola, Carlos Cachaça, Maciste, Gradim, José Spinelli e Pedro dos Santos.
Passou a ser chamada de "primeira-dama do samba" quando Maria Tereza Goulart, mulher do então presidente da República, foi recebida por ela para assistir ao ensaio da escola.
Apaixonada por Carlos Drummond de Andrade, Neuma fez de tudo para que ele fosse enredo da Mangueira, o que aconteceu em 1987, dando o título de campeã à escola.
Dona Neuma era, ao lado de Eusébia da Silva de Oliveira e dona Zica ( segunda mulher de Cartola) uma das grandes damas da escola.
Junto com outros integrantes da Velha Guarda da Mangueira, interpreta cinco das composições reunidas nos dois CDs "Mangueira, Sambas de Terreiro e Outros Sambas". Duas delas, "Linda Demanda" e "Fiquei Sem Esperança", são de autoria de seu pai, Saturnino Gonçalves.
Os discos, que contém 57 faixas, foram produzidos pelo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. O projeto começou a ser desenvolvido em 1998 e tem como objetivo resgatar a história da produção cultural das escolas de samba da cidade.
Veja galeria de fotos de Dona Neuma
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Dona Neuma era um dos símbolos da Mangueira
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Zulmair Rocha - 02.jun.2000 Dona Neuma |
A "primeira-dama do samba", como era conhecida Dona Neuma, morreu nesta segunda-feira (17)após ficar 12 dias internada no Hospital Salgado Filho, no Rio de Janeiro.
Neuma Gonçalves da Silva, de 78 anos, foi operada para drenagem de um coágulo no cérebro, mas seu estado de saúde piorou na última quinta-feira, quando entrou em coma.
Filha de Saturnino Gonçalves, primeiro presidente da Mangueira, Dona Neuma, a "primeira-dama do samba" viu a escola nascer e se desenvolver, fazendo parte da sua história.
Mema, como era chamada no morro, nasceu em 8 de maio 1922, em Madureira. Em 1933, o pai, doente, quis morrer na Mangueira e a família se mudou para lá.
Saturnino Gonçalves morreu em 1935, quando o enredo da escola foi em homenagem ao poeta Jorge de Lima.
Mangueira
A escola de samba Estação Primeira de Mangueira foi fundada em 1928 e no ano seguinte, Dona Neuma já estava entre as baianas, ala que acompanhou durante toda a vida.
Com a vida toda ligada à escola, Neuma teve o privilégio de conhecer os ancestrais da verde e rosa, como Cartola, Carlos Cachaça, Maciste, Gradim, José Spinelli e Pedro dos Santos.
Passou a ser chamada de "primeira-dama do samba" quando Maria Tereza Goulart, mulher do então presidente da República, foi recebida por ela para assistir ao ensaio da escola.
Apaixonada por Carlos Drummond de Andrade, Neuma fez de tudo para que ele fosse enredo da Mangueira, o que aconteceu em 1987, dando o título de campeã à escola.
Dona Neuma era, ao lado de Eusébia da Silva de Oliveira e dona Zica ( segunda mulher de Cartola) uma das grandes damas da escola.
Junto com outros integrantes da Velha Guarda da Mangueira, interpreta cinco das composições reunidas nos dois CDs "Mangueira, Sambas de Terreiro e Outros Sambas". Duas delas, "Linda Demanda" e "Fiquei Sem Esperança", são de autoria de seu pai, Saturnino Gonçalves.
Os discos, que contém 57 faixas, foram produzidos pelo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. O projeto começou a ser desenvolvido em 1998 e tem como objetivo resgatar a história da produção cultural das escolas de samba da cidade.
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