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01/05/2002
-
03h36
da Folha de S.Paulo
O drama de uma personagem envolvida com drogas, assunto tabu para a televisão, e o primeiro encontro entre um clone humano e clonado deram à novela das oito da Globo recorde de audiência.
"O Clone", de Glória Perez, alcançou anteontem média de 56 pontos e pico de 65, às 22h08 e às 22h15. Isso significa mais de 3 milhões de domicílios da Grande São Paulo sintonizados na Globo.
Nos dois horários de pico, a novela mostrava uma crise de abstinência e a internação de Mel (Débora Falabella), viciada em cocaína, e a cena em que Lucas conhece seu clone, Léo (ambos interpretados por Murilo Benício).
A trama já é recorde da "Era Marluce" (Dias da Silva, diretora-geral da Globo desde 1998). Seus 180 primeiros capítulos deram média de 45 pontos. Ultrapassa a média dos 180 primeiros episódios de "Terra Nostra", "Laços de Família" e "Porto dos Milagres", que deram 44 pontos, de "Torre de Babel", com 43, "Por Amor", 42, e "Suave Veneno", 38.
A abordagem do problema com as drogas sempre foi tabu para a teledramaturgia. Normalmente, os autores evitam tratar da questão ou, pelo menos, não a colocam no centro da trama.
Em "O Clone", segundo pesquisa qualitativa realizada pela emissora, as drogas estão entre os três pontos que sustentam o ibope alto. Os outros dois são a cultura muçulmana e a clonagem.
O telespectador avalia que a "novela cumpre papel fundamental ao tratar do tema". Observa ainda que a trama não evita mostrar o prazer do uso da droga, mas dá foco aos prejuízos que causa.
Há, segundo a pesquisa, interesse pelo islamismo, principalmente depois dos ataques terroristas aos EUA, em 11 de setembro, pouco menos de um mês antes da estréia de "O Clone". É muito interessado nas questões religiosas, mas gosta, principalmente, de ver as danças, festas e jóias.
Com a pesquisa na mão, Glória Perez concentrou esforços nos três eixos básicos da audiência para o capítulo de segunda-feira.
No núcleo islâmico, responsável pelo humor da trama, a autora armou uma partida de futebol feminino em que as mulheres do Marrocos jogaram, de vestido e véu, contra as brasileiras. No núcleo dos viciados, levou Mel ao fundo do poço, com crise de abstinência e internação. E realizou o tão esperado encontro entre o clone e seu clonado. Alguma dúvida de que seria um estouro na audiência?
(LAURA MATTOS)
Leia mais:
Encontro de Leo e Lucas rende picos de 63 pontos em "O Clone"
Crise de abstinência dá recorde a novela
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O drama de uma personagem envolvida com drogas, assunto tabu para a televisão, e o primeiro encontro entre um clone humano e clonado deram à novela das oito da Globo recorde de audiência.
"O Clone", de Glória Perez, alcançou anteontem média de 56 pontos e pico de 65, às 22h08 e às 22h15. Isso significa mais de 3 milhões de domicílios da Grande São Paulo sintonizados na Globo.
Nos dois horários de pico, a novela mostrava uma crise de abstinência e a internação de Mel (Débora Falabella), viciada em cocaína, e a cena em que Lucas conhece seu clone, Léo (ambos interpretados por Murilo Benício).
A trama já é recorde da "Era Marluce" (Dias da Silva, diretora-geral da Globo desde 1998). Seus 180 primeiros capítulos deram média de 45 pontos. Ultrapassa a média dos 180 primeiros episódios de "Terra Nostra", "Laços de Família" e "Porto dos Milagres", que deram 44 pontos, de "Torre de Babel", com 43, "Por Amor", 42, e "Suave Veneno", 38.
A abordagem do problema com as drogas sempre foi tabu para a teledramaturgia. Normalmente, os autores evitam tratar da questão ou, pelo menos, não a colocam no centro da trama.
Em "O Clone", segundo pesquisa qualitativa realizada pela emissora, as drogas estão entre os três pontos que sustentam o ibope alto. Os outros dois são a cultura muçulmana e a clonagem.
O telespectador avalia que a "novela cumpre papel fundamental ao tratar do tema". Observa ainda que a trama não evita mostrar o prazer do uso da droga, mas dá foco aos prejuízos que causa.
Há, segundo a pesquisa, interesse pelo islamismo, principalmente depois dos ataques terroristas aos EUA, em 11 de setembro, pouco menos de um mês antes da estréia de "O Clone". É muito interessado nas questões religiosas, mas gosta, principalmente, de ver as danças, festas e jóias.
Com a pesquisa na mão, Glória Perez concentrou esforços nos três eixos básicos da audiência para o capítulo de segunda-feira.
No núcleo islâmico, responsável pelo humor da trama, a autora armou uma partida de futebol feminino em que as mulheres do Marrocos jogaram, de vestido e véu, contra as brasileiras. No núcleo dos viciados, levou Mel ao fundo do poço, com crise de abstinência e internação. E realizou o tão esperado encontro entre o clone e seu clonado. Alguma dúvida de que seria um estouro na audiência?
(LAURA MATTOS)
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