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27/07/2000
-
05h35
CELSO FIORAVANTE, da Folha de S.Paulo
A carreira do artista plástico e designer gráfico Almir Mavignier, que inaugura hoje mostra no MAM-SP, no parque Ibirapuera, é marcada por vanguardas e mudanças.
Em 1946, começou a trabalhar no Centro Psiquiátrico Nacional do Engenho de Dentro, onde organizou, com a diretora Nise da Silveira, um ateliê de pintura para os internos. Dois anos depois, participou, com Ivan Serpa e Abrahan Palatnik, dos primórdios do movimento concretista, que aboliu a figuração ao introduzir o abstracionismo geométrico no país.
Em 1951, foi selecionado para a primeira Bienal de São Paulo. Em 1953, radicou-se na Alemanha, país onde desenvolveu seu trabalho como artista gráfico. É justamente sobre essa produção que trata a mostra "Mavignier 75 -Cinco Décadas de Cartazes", a partir de hoje no MAM-SP.
Trata-se de uma chance rara de contato com a produção de Mavignier, que doou 155 cartazes ao acervo do museu, muitos dos quais são edição única.
Entre os cartazes da mostra estão, por exemplo, as quatro versões que criou para a 7ª Bienal de São Paulo, em 1963, e cartazes criados para mostras individuais de Josef Albers (Hamburgo, 1970), Paul Klee (Ulm, em 1963) e Jesus Soto (Barcelona, 1982), além de várias dele próprio.
Seus cartazes mantêm noções desenvolvidas em sua pintura, que trafega entre o movimento concreto e a "op art". As artes gráficas funcionam, na verdade, como uma aplicação prática da pintura e isso se deve a seu aprendizado na escola de Ulm, que propunha a aplicação das artes plásticas na vida cotidiana.
Estão ali as características construtivas, os campos cromáticos bem definidos, o contraste de cores e a riqueza gráfica, como a utilização do alfabeto desenvolvido por seu mestre Josef Albers nos anos 20. "Mavignier se mantém em uma linha de rigor absoluto", sintetiza Aracy Amaral, que curou a mostra.
A partir do dia 3, os cartazes de Mavignier também estarão no piso 3 do shopping Villa-Lobos.
Redescobrimento
Dois exemplares da produção pictórica de Almir Mavignier estão em exibição na Mostra do Redescobrimento, também no parque Ibirapuera, mas no Pavilhão do Bienal, ao lado do MAM-SP. São os óleos sobre tela "Formas nº 2" (sem data), do acervo da Pinacoteca do Estado de SP, e "Interpretação de Estrutura Azul e Verde Sobre Vermelho" (1977), do MAC-USP.
As obras, exibidas no módulo Arte Moderna, estão expostas em um "paredão construtivo", entre obras de Samson Flexor, Maurício Nogueira Lima, Aluísio Carvão, Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros e outros.
Sua intensa participação nas atividades de terapia ocupacional desenvolvidas pela psiquiatra Nise da Silveira rendeu-lhe ainda um texto no catálogo do módulo Imagens do Inconsciente.
Mostra: Mavignier 75 - Cinco Décadas de Cartazes
Onde: MAM-SP (portão 3 do parque Ibirapuera, tel. 0/xx/11/549-9688) Vernissage: hoje, às 19h Quando: terças, quartas e sextas, das 12h às 18h; quintas, das 12h às 22h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Quanto: R$ 5. Menores de 10 anos e maiores de 65 anos não pagam. A entrada é franca também às terças (o dia todo) e quintas (a partir das 17h)
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Almir Mavignier exibe seu rigor gráfico
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A carreira do artista plástico e designer gráfico Almir Mavignier, que inaugura hoje mostra no MAM-SP, no parque Ibirapuera, é marcada por vanguardas e mudanças.
Em 1946, começou a trabalhar no Centro Psiquiátrico Nacional do Engenho de Dentro, onde organizou, com a diretora Nise da Silveira, um ateliê de pintura para os internos. Dois anos depois, participou, com Ivan Serpa e Abrahan Palatnik, dos primórdios do movimento concretista, que aboliu a figuração ao introduzir o abstracionismo geométrico no país.
Em 1951, foi selecionado para a primeira Bienal de São Paulo. Em 1953, radicou-se na Alemanha, país onde desenvolveu seu trabalho como artista gráfico. É justamente sobre essa produção que trata a mostra "Mavignier 75 -Cinco Décadas de Cartazes", a partir de hoje no MAM-SP.
Trata-se de uma chance rara de contato com a produção de Mavignier, que doou 155 cartazes ao acervo do museu, muitos dos quais são edição única.
Entre os cartazes da mostra estão, por exemplo, as quatro versões que criou para a 7ª Bienal de São Paulo, em 1963, e cartazes criados para mostras individuais de Josef Albers (Hamburgo, 1970), Paul Klee (Ulm, em 1963) e Jesus Soto (Barcelona, 1982), além de várias dele próprio.
Seus cartazes mantêm noções desenvolvidas em sua pintura, que trafega entre o movimento concreto e a "op art". As artes gráficas funcionam, na verdade, como uma aplicação prática da pintura e isso se deve a seu aprendizado na escola de Ulm, que propunha a aplicação das artes plásticas na vida cotidiana.
Estão ali as características construtivas, os campos cromáticos bem definidos, o contraste de cores e a riqueza gráfica, como a utilização do alfabeto desenvolvido por seu mestre Josef Albers nos anos 20. "Mavignier se mantém em uma linha de rigor absoluto", sintetiza Aracy Amaral, que curou a mostra.
A partir do dia 3, os cartazes de Mavignier também estarão no piso 3 do shopping Villa-Lobos.
Redescobrimento
Dois exemplares da produção pictórica de Almir Mavignier estão em exibição na Mostra do Redescobrimento, também no parque Ibirapuera, mas no Pavilhão do Bienal, ao lado do MAM-SP. São os óleos sobre tela "Formas nº 2" (sem data), do acervo da Pinacoteca do Estado de SP, e "Interpretação de Estrutura Azul e Verde Sobre Vermelho" (1977), do MAC-USP.
As obras, exibidas no módulo Arte Moderna, estão expostas em um "paredão construtivo", entre obras de Samson Flexor, Maurício Nogueira Lima, Aluísio Carvão, Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros e outros.
Sua intensa participação nas atividades de terapia ocupacional desenvolvidas pela psiquiatra Nise da Silveira rendeu-lhe ainda um texto no catálogo do módulo Imagens do Inconsciente.
Mostra: Mavignier 75 - Cinco Décadas de Cartazes
Onde: MAM-SP (portão 3 do parque Ibirapuera, tel. 0/xx/11/549-9688) Vernissage: hoje, às 19h Quando: terças, quartas e sextas, das 12h às 18h; quintas, das 12h às 22h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Quanto: R$ 5. Menores de 10 anos e maiores de 65 anos não pagam. A entrada é franca também às terças (o dia todo) e quintas (a partir das 17h)
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