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14/08/2002
-
19h52
da Folha de S.Paulo
Veja o que dizem professores e críticos literários sobre a morte do escritor e pesquisador Roberto Ventura:
Marco Antônio Villa, professor de história da Universidade Federal de São Carlos
Estou chocado, porque nós tínhamos jantado juntos ontem à noite e conversávamos sobre os projetos relacionados a Canudos. Era uma pessoa generosa, que conseguia combinar análise literária e conhecimento histórico. O Roberto era um pesquisador que não tinha empáfia, não ficava dizendo que sabia de tudo. Um exemplo para todos nós.
Antonio Dimas, professor de literatura brasileira da USP
Nós perdemos um grande euclidiano, uma pessoa muito dedicada. O Roberto tinha um trabalho pouco canônico em relação à crítica porque unia a literatura à história ou à antropologia. Ele morreu vindo de uma semana sobre Euclydes da Cunha, seu objeto de pesquisa. É irônico e triste ao mesmo tempo.
Álvaro Ribeiro de Oliveira Netto, diretor da Casa de Cultura Euclides da Cunha, em São José do Rio Pardo
Era um dos intelectuais mais sérios que eu conheci, um euclidiano extremamente dedicado. Ele utilizava o acervo da casa, o que nos aproximou bastante. Nós o respeitávamos demais como pessoa. Ele era amigo, gentil, sempre solícito para ajudar quando era necessário. O clima é de profunda consternação.
Flora Süssekind, crítica literária e co-autora de livros com Roberto Ventura
Era um amigo muito querido. De um ponto de vista bem pessoal, acredito que ele não chegou a realizar muita coisa do que poderia, pois sinto que ele ficou muito preso como professor universitário. Acho que depois de acabar a biografia de Euclydes, na qual trabalhou por dez anos, ele se soltaria _e eu percebia que vinha se soltando_, como quando era mais jovem, mais ligado às coisas contemporâneas e morava no Rio.
José Celso Martinez Corrêa, diretor teatral
O Roberto, nossa, foi muito amigo nosso. Estou sentindo muito, como a morte de um amigo. Ele tinha uma carinha de criança, um cabelo branco como o meu, uma cara de inocente. Era tão dedicado ao trabalho, amoroso, e sempre no que trabalhava compartilhava conosco. É uma perda enorme para o Brasil. Um amigo mesmo. Deve-se fazer de tudo para que a obra dele continue. E eu gostaria de ter conhecido melhor a pessoa dele. Conheço pouco da vida dele. A vida dele deve ter sido muito bonita. Queria conhecê-lo mais, mas não tive tempo. Estava em pleno apogeu da criação, do relacionamento com os amigos. Você tem que aproveitar mais as pessoas que você gosta, saber mais delas. Vai fazer uma falta enorme na montagem de "Os Sertões".
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Marco Antônio Villa, professor de história da Universidade Federal de São Carlos
Estou chocado, porque nós tínhamos jantado juntos ontem à noite e conversávamos sobre os projetos relacionados a Canudos. Era uma pessoa generosa, que conseguia combinar análise literária e conhecimento histórico. O Roberto era um pesquisador que não tinha empáfia, não ficava dizendo que sabia de tudo. Um exemplo para todos nós.
Antonio Dimas, professor de literatura brasileira da USP
Nós perdemos um grande euclidiano, uma pessoa muito dedicada. O Roberto tinha um trabalho pouco canônico em relação à crítica porque unia a literatura à história ou à antropologia. Ele morreu vindo de uma semana sobre Euclydes da Cunha, seu objeto de pesquisa. É irônico e triste ao mesmo tempo.
Álvaro Ribeiro de Oliveira Netto, diretor da Casa de Cultura Euclides da Cunha, em São José do Rio Pardo
Era um dos intelectuais mais sérios que eu conheci, um euclidiano extremamente dedicado. Ele utilizava o acervo da casa, o que nos aproximou bastante. Nós o respeitávamos demais como pessoa. Ele era amigo, gentil, sempre solícito para ajudar quando era necessário. O clima é de profunda consternação.
Flora Süssekind, crítica literária e co-autora de livros com Roberto Ventura
Era um amigo muito querido. De um ponto de vista bem pessoal, acredito que ele não chegou a realizar muita coisa do que poderia, pois sinto que ele ficou muito preso como professor universitário. Acho que depois de acabar a biografia de Euclydes, na qual trabalhou por dez anos, ele se soltaria _e eu percebia que vinha se soltando_, como quando era mais jovem, mais ligado às coisas contemporâneas e morava no Rio.
José Celso Martinez Corrêa, diretor teatral
O Roberto, nossa, foi muito amigo nosso. Estou sentindo muito, como a morte de um amigo. Ele tinha uma carinha de criança, um cabelo branco como o meu, uma cara de inocente. Era tão dedicado ao trabalho, amoroso, e sempre no que trabalhava compartilhava conosco. É uma perda enorme para o Brasil. Um amigo mesmo. Deve-se fazer de tudo para que a obra dele continue. E eu gostaria de ter conhecido melhor a pessoa dele. Conheço pouco da vida dele. A vida dele deve ter sido muito bonita. Queria conhecê-lo mais, mas não tive tempo. Estava em pleno apogeu da criação, do relacionamento com os amigos. Você tem que aproveitar mais as pessoas que você gosta, saber mais delas. Vai fazer uma falta enorme na montagem de "Os Sertões".
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