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13/09/2002
-
00h35
da Agência Folha, em Curitiba (PR)
A editora Rocco voltou a perder no Tribunal de Justiça do Paraná na ação que tentava a liberação do livro "Canto dos Malditos", do escritor Austregésilo Carrano, 45, proibido preventivamente pelo mesmo tribunal em maio passado.
A decisão, anunciada anteontem pelo TJ paranaense, coincide com a consagração do filme "Bicho de Sete Cabeças", que se inspirou no livro de Carrano, no Grande Prêmio BR de Cinema, promovido pela Academia Brasileira de Cinema. Veja como foi a premiação.
A 1ª Câmara Cível do TJ rejeitou os embargos pleiteados pela editora contra decisão do desembargador José Antonio Vidal Coelho. Em liminar, ele proibiu a venda do livro.
A Rocco alega falta de requisito legal à família do psiquiatra Alô Guimarães, que entrou na Justiça por suposta ofensa à memória do médico. A família acusa Carrano de ter ofendido a honra do psiquiatra que o atendeu nos anos 70. Ele ficou três anos e meio internado em hospitais psiquiátrico e conta que passou por eletrochoques.
Os advogados da Rocco também acusaram o desembargador Vidal Coelho de prática de censura. A proibição, segundo a defesa da editora, "feriu o princípio constitucional de ampla liberdade de expressão intelectual". A 1ª Câmara rejeitou os argumentos da editora. Vidal Coelho não fala sobre o assunto.
O livro foi lançado no final dos anos 80, mas só a partir da publicidade gerada pelo filme "Bicho de Sete Cabeças", no ano passado, a família do psiquiatra pleiteou a proibição.
Decisões anteriores semelhantes do TJ do Paraná levaram Carrano a protestar, se acorrentando em frente a tribunais e hospitais psiquiátricos. A ação da família Guimarães ainda não teve julgamento de mérito na primeira instância.
A Rocco pretende apelar contra a decisão do TJ do Paraná ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal.
Procurado pela Folha Online, o autor de "Canto dos Malditos" não foi encontrado. Ele prometeu que voltaria a se acorrentar no Tribunal de Justiça do Paraná para protestar contra a decisão.
Colaborou a Folha Online
Leia mais:Academia de Cinema concentra prêmios em "Bicho de Sete Cabeças"
Veja a lista de filmes premiados pela Academia Brasileira de Cinema
Livro que inspirou "Bicho de Sete Cabeças" continua proibido no Paraná
MARI TORTATOda Agência Folha, em Curitiba (PR)
A editora Rocco voltou a perder no Tribunal de Justiça do Paraná na ação que tentava a liberação do livro "Canto dos Malditos", do escritor Austregésilo Carrano, 45, proibido preventivamente pelo mesmo tribunal em maio passado.
A decisão, anunciada anteontem pelo TJ paranaense, coincide com a consagração do filme "Bicho de Sete Cabeças", que se inspirou no livro de Carrano, no Grande Prêmio BR de Cinema, promovido pela Academia Brasileira de Cinema. Veja como foi a premiação.
A 1ª Câmara Cível do TJ rejeitou os embargos pleiteados pela editora contra decisão do desembargador José Antonio Vidal Coelho. Em liminar, ele proibiu a venda do livro.
A Rocco alega falta de requisito legal à família do psiquiatra Alô Guimarães, que entrou na Justiça por suposta ofensa à memória do médico. A família acusa Carrano de ter ofendido a honra do psiquiatra que o atendeu nos anos 70. Ele ficou três anos e meio internado em hospitais psiquiátrico e conta que passou por eletrochoques.
Os advogados da Rocco também acusaram o desembargador Vidal Coelho de prática de censura. A proibição, segundo a defesa da editora, "feriu o princípio constitucional de ampla liberdade de expressão intelectual". A 1ª Câmara rejeitou os argumentos da editora. Vidal Coelho não fala sobre o assunto.
O livro foi lançado no final dos anos 80, mas só a partir da publicidade gerada pelo filme "Bicho de Sete Cabeças", no ano passado, a família do psiquiatra pleiteou a proibição.
Decisões anteriores semelhantes do TJ do Paraná levaram Carrano a protestar, se acorrentando em frente a tribunais e hospitais psiquiátricos. A ação da família Guimarães ainda não teve julgamento de mérito na primeira instância.
A Rocco pretende apelar contra a decisão do TJ do Paraná ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal.
Procurado pela Folha Online, o autor de "Canto dos Malditos" não foi encontrado. Ele prometeu que voltaria a se acorrentar no Tribunal de Justiça do Paraná para protestar contra a decisão.
Colaborou a Folha Online
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