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17/10/2002 - 20h28

Jornalista e radialista Miguel Dias Filho é enterrado em São Paulo

LARISSA FÉRIA
CIRO BONILHA

do Agora São Paulo

Foi enterrado hoje, às 17h, no Cemitério dos Protestantes, em Higienópolis (região central da capital), o jornalista e radialista Miguel Dias Filho, 56, que morreu na noite de ontem no Hospital das Clínicas, após sofrer uma parada cardíaca quando voltava para casa, em Perdizes (zona oeste).

Dias escrevia a coluna Papo Paulista, publicada todas as quintas-feiras no Agora, desde a estréia do jornal _em março de 1999_ onde comentava episódios cotidianos da cidade. Apresentava o programa "Manhã na Globo, na rádio Globo AM, líder de audiência no horário das 10h.

Divulgação
O jornalista e radialista
Miguel Dias
Entre os amigos e colegas de trabalho que foram prestar homenagem a Dias estavam o radialista Osmar Santos, padre Marcelo Rossi, Flávio Prado, Hermano Henning e Leão Lobo.

O bom humor e a vivacidade foram lembrados pelos amigos como as principais virtudes do radialista. "Nunca vi o Miguel triste. Há dez dias ele subiu a escada para fazer um texto e chegou ofegante. Ele se justificou dizendo que havia subido correndo, que tinha um sopro no coração, de nascença, e que tinha ido ao médico", contou o repórter Carlos Maglio, 45 anos.

"O Miguel sempre era o chefe das minhas festas. Na última festa junina que dei no meu sítio, um carro estacionou na porta e não dava para ninguém entrar ou sair. Chamamos diversas vezes pelo microfone e ninguém atendeu. Até que o Miguel pegou o microfone e espinafrou o dono do carro. No final, acabamos descobrindo que o carro era do meu cunhado. Mas ele podia falar qualquer coisa que as pessoas não se ofendiam", lembrou o jornalista _e amigo de 20 anos_ Heródoto Barbeiro. "Durante todo esse tempo ele construiu uma carreira jornalística calcada na ética e na isenção. Miguel fará falta, principalmente porque ele tinha a cara de São Paulo."

No último programa de rádio, na manhã de quarta, Dias brincou com as ouvintes, com quem fingia dançar ao som de músicas românticas. "Hoje vou dançar com duas. Será que eu aguento?". E despediu-se: "Até amanhã, Brasil."
 

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