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24/10/2002
-
03h54
da Folha de S.Paulo
Uma exposição no Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal tenta a partir de amanhã fazer justiça a um dos precursores das linhas modernistas no Brasil: o arquiteto Victor Dubugras.
Francês que se graduou na Argentina e se radicou no Brasil, Dubugras (1868-1933) foi um dos expoentes do protomodernismo, movimento que já buscava racionalismo nas concepções arquitetônicas e a supressão de excessos ornamentais. Sua contribuição à arquitetura nacional, porém, é subestimada, sendo pouco citada na história do modernismo no país.
Curada pelo professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Nestor Goulart, a mostra apresenta fotografias e plantas de seus principais trabalhos, como a estação ferroviária de Mairinque, no interior de São Paulo, e a casa do empresário do café Horácio Sabino, onde hoje é o Conjunto Nacional, local da exposição.
O projeto ainda inclui para o próximo ano o lançamento de um livro e um CD-ROM que detalha o impacto da obra do arquiteto.
Dubugras foi um dos primeiros professores da Escola Politécnica, criada por Ramos de Azevedo e Paula Souza, onde lecionou até 1927. Suas inovações, em conexão com o que despontava na Europa, empolgava alunos da nascente Poli. "Dubugras influenciou toda uma geração de arquitetos brasileiros no início do século 20", afirma Goulart.
Para o curador da exposição, a falta de reconhecimento da obra do arquiteto francês se deve a razões políticas, por sua união ao então governador de São Paulo Washington Luís, deposto na revolução de 1930, e ao sectarismo dos modernistas.
"O movimento só admitia "puros-sangues" e não consideraram o caminho aberto por Dubugras para o que viria depois", afirma Goulart.
VICTOR DUBUGRAS
Quando: abertura hoje para convidados e amanhã para o público Onde: Conjunto Cultural da Caixa - Espaço Caixa da Paulista (av. Paulista, 2.083, Conjunto Nacional, tel. 0/xx/11/3171-1725). Patrocinador: Quota Empreendimentos Imobiliários
Exposição recupera modernismo de Victor Dubugras
SHIN OLIVA SUZUKIda Folha de S.Paulo
Uma exposição no Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal tenta a partir de amanhã fazer justiça a um dos precursores das linhas modernistas no Brasil: o arquiteto Victor Dubugras.
Francês que se graduou na Argentina e se radicou no Brasil, Dubugras (1868-1933) foi um dos expoentes do protomodernismo, movimento que já buscava racionalismo nas concepções arquitetônicas e a supressão de excessos ornamentais. Sua contribuição à arquitetura nacional, porém, é subestimada, sendo pouco citada na história do modernismo no país.
Curada pelo professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Nestor Goulart, a mostra apresenta fotografias e plantas de seus principais trabalhos, como a estação ferroviária de Mairinque, no interior de São Paulo, e a casa do empresário do café Horácio Sabino, onde hoje é o Conjunto Nacional, local da exposição.
O projeto ainda inclui para o próximo ano o lançamento de um livro e um CD-ROM que detalha o impacto da obra do arquiteto.
Dubugras foi um dos primeiros professores da Escola Politécnica, criada por Ramos de Azevedo e Paula Souza, onde lecionou até 1927. Suas inovações, em conexão com o que despontava na Europa, empolgava alunos da nascente Poli. "Dubugras influenciou toda uma geração de arquitetos brasileiros no início do século 20", afirma Goulart.
Para o curador da exposição, a falta de reconhecimento da obra do arquiteto francês se deve a razões políticas, por sua união ao então governador de São Paulo Washington Luís, deposto na revolução de 1930, e ao sectarismo dos modernistas.
"O movimento só admitia "puros-sangues" e não consideraram o caminho aberto por Dubugras para o que viria depois", afirma Goulart.
VICTOR DUBUGRAS
Quando: abertura hoje para convidados e amanhã para o público Onde: Conjunto Cultural da Caixa - Espaço Caixa da Paulista (av. Paulista, 2.083, Conjunto Nacional, tel. 0/xx/11/3171-1725). Patrocinador: Quota Empreendimentos Imobiliários
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