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22/11/2002
-
17h00
do Guia da Folha
Hoje tem Rush no Morumbi. A frase seria uma simples comunicação de um evento, não houvesse algo de peculiar no nome envolvido. Uma apresentação do trio canadense de rock progressivo foge da tradicional performance de ro- ck. Está próxima de um "ritual de adoração". Todos os elementos de um típico concerto do gênero se mostram presentes, mas é o público que faz a diferença. Normalmente, quem gosta da banda não gosta realmente. Ama.
Geddy Lee, 49 (vocais e baixo), Alex Lifeson, 49 (guitarra), e Neil Peart, 50 (bateria, que entrou no segundo álbum), desembarcam no país quase três décadas após o trio ter lançado seu primeiro disco. "Nunca viemos porque não éramos espertos o suficiente para perceber que tínhamos um público enorme no Brasil", anunciou Lee, na entrevista que o grupo concedeu terça, em São Paulo.
Pouco depois, o baixista foi menos irônico e contou que, de certa forma, a internet teve importante papel na decisão do grupo de incluir o Brasil na atual turnê, que promove o CD "Vapor Trails". "Quando lancei meu disco solo ("My Favorite Headache", em 2000), abri um site para divulgá-lo. Chegavam inúmeras mensagens de fãs brasileiros. Foi aí que notei realmente que um dia teríamos que tocar no país". O novo álbum marca o retorno do Rush após uma fase em que a banda quase se dissolveu. Peart, responsável pelas letras do trio, perdeu a filha e a mulher em um período de um ano, e quase desencanou da vida roqueira.
Como presente aos fãs que insistiram para que a trinca se reunisse, o Rush montou um espetáculo de três horas para rodar o mundo. No Brasil, o repertório ganha uma música a mais. A banda promete incluir "Closer to the Heart", tema que não toca ao vivo há tempos. O trio exibe seu arsenal de arranjos bem elaborados no maior estádio da cidade. Em mais de 20 anos, excetuando-se atrações que vieram para o Hollywood Rock, apenas três bandas estrangeiras de rock tiveram o privilégio de tocar no Morumbi: Queen (1981), Kiss (1983) e U2 (1998). Mais uma razão para não perder. Deu para notar que, na média, um show como o do Rush só acontece a cada cinco anos.
RUSH
Onde: Estádio do Morumbi (pça. Roberto Gomes Pedrosa, 1, Jardim Leonor, tel. 6846-6000)
Quando: hoje, às 21h30
Quanto: R$ 40 a 350 (p/ estudantes: R$ 20 a R$ 175)
Leia mais notícias sobre o Rush
Rush promove "ritual de adoração" com show em São Paulo
JOSÉ NORBERTO FLESHdo Guia da Folha
Hoje tem Rush no Morumbi. A frase seria uma simples comunicação de um evento, não houvesse algo de peculiar no nome envolvido. Uma apresentação do trio canadense de rock progressivo foge da tradicional performance de ro- ck. Está próxima de um "ritual de adoração". Todos os elementos de um típico concerto do gênero se mostram presentes, mas é o público que faz a diferença. Normalmente, quem gosta da banda não gosta realmente. Ama.
Geddy Lee, 49 (vocais e baixo), Alex Lifeson, 49 (guitarra), e Neil Peart, 50 (bateria, que entrou no segundo álbum), desembarcam no país quase três décadas após o trio ter lançado seu primeiro disco. "Nunca viemos porque não éramos espertos o suficiente para perceber que tínhamos um público enorme no Brasil", anunciou Lee, na entrevista que o grupo concedeu terça, em São Paulo.
Pouco depois, o baixista foi menos irônico e contou que, de certa forma, a internet teve importante papel na decisão do grupo de incluir o Brasil na atual turnê, que promove o CD "Vapor Trails". "Quando lancei meu disco solo ("My Favorite Headache", em 2000), abri um site para divulgá-lo. Chegavam inúmeras mensagens de fãs brasileiros. Foi aí que notei realmente que um dia teríamos que tocar no país". O novo álbum marca o retorno do Rush após uma fase em que a banda quase se dissolveu. Peart, responsável pelas letras do trio, perdeu a filha e a mulher em um período de um ano, e quase desencanou da vida roqueira.
Como presente aos fãs que insistiram para que a trinca se reunisse, o Rush montou um espetáculo de três horas para rodar o mundo. No Brasil, o repertório ganha uma música a mais. A banda promete incluir "Closer to the Heart", tema que não toca ao vivo há tempos. O trio exibe seu arsenal de arranjos bem elaborados no maior estádio da cidade. Em mais de 20 anos, excetuando-se atrações que vieram para o Hollywood Rock, apenas três bandas estrangeiras de rock tiveram o privilégio de tocar no Morumbi: Queen (1981), Kiss (1983) e U2 (1998). Mais uma razão para não perder. Deu para notar que, na média, um show como o do Rush só acontece a cada cinco anos.
RUSH
Onde: Estádio do Morumbi (pça. Roberto Gomes Pedrosa, 1, Jardim Leonor, tel. 6846-6000)
Quando: hoje, às 21h30
Quanto: R$ 40 a 350 (p/ estudantes: R$ 20 a R$ 175)
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