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04/01/2003 - 03h06

Documentário busca "engenho" de José Lins do Rego

CASSIANO ELEK MACHADO
da Folha de S.Paulo

O historiador Afonso Arinos de Melo Franco era rapaz quando foi com José Lins do Rego a uma partida de futebol. Ficou escandalizado. O escritor de "Fogo Morto" se envolveu em uma confusão no estádio na qual deu e arrecadou tapas.

A história não está em "Flamengo É Puro Amor". Quem a conta é o cineasta Vladimir Carvalho, que está preparando um detalhado documentário sobre a vida do romancista.

"O Engenho de Zé Lins" é o título do projeto, que o diretor de "Barra 68 " começou a gestar há mais de 30 anos.

Paraibano como o autor de "Bangüê", Carvalho já tem nove horas filmadas, com depoimentos de amigos do autor, como Rachel de Queiroz, do escritor e colunista da Folha Carlos Heitor Cony, que chegou a esboçar uma biografia de Zelins, e de familiares.

Um dos objetivos do filme, estacionado pela costumeira falta de recursos que acompanha o cinema nacional, é detalhar a personalidade instável do escritor. "Ela alternava momentos de intensa euforia, onde cabe seu amor arrebatado pelo futebol, com depressões repentinas", conta Carvalho.

O trabalho, parcialmente fotografado pelo irmão do cineasta, o badalado Walter Carvalho, tem como algumas atrações uma raríssima imagem do romancista em movimento, filmada no casamento da filha Maria da Glória, e cenas do enterro do escritor, encontradas no arquivo de Silvio Tendler, co-produtor do documentário.

Não será a primeira experiência de José Lins do Rego nas telas. Seu "Menino de Engenho", adaptado por Walter Lima Jr. em 1965, virou marco do cinema brasileiro.
 

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