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10/03/2003 - 10h45

Movimento dadaísta foi reação à arte comercial

EDUARDO SIMANTOB
da Folha de S.Paulo, em Zurique

"Dada", originalmente, era o verbete de um dicionário francês-alemão apontado ao acaso por um cortador de papel numa mesa do Cabaret Voltaire, em Zurique. Abstraído de sua leitura original (tratamento infantil para "cavalo"), o termo foi zerado de significado de modo a expressar o irracionalismo deliberado, a anarquia e rejeição dos padrões de beleza e organização social burgueses. O dadaísmo, assim, foi a reação radical contra os critérios artísticos da virada do século 20, refutando qualquer tipo de arte comercial ou institucionalizada.

Com o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18), Dadá espalhou-se rapidamente pelos grandes centros, como Berlim e Colônia. O dadaísmo atravessou o Atlântico, centrando-se na galeria de Alfred Stieglitz, em Nova York, e voltou à Europa com Man Ray.

Na França, o dadaísmo acabou sendo apropriado pelo surrealismo de Breton e de outros, mas a influência Dadá extrapolou o vanguardismo da época. James Joyce não passou incólume ao fenômeno, pois morava na mesma Zurique do Cabaret Voltaire, onde escreveu boa parte de seu "Ulisses".

Entre os mais notáveis dadaístas, pode-se citar Tristan Tzara, Hans Arp, Marcel Janco e Max Ernst.
 

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