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22/03/2003 - 13h41

Academia garante que faz o Oscar, mas deixa festa em aberto

da Folha Online

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas garante que vai realizar a cerimônia de entrega do Oscar neste domingo, dia 23, a partir das 22h30 (horário de Brasília), mas deixou a festa em aberto.

Gil Cates, o produtor da cerimônia, que é feita sob moldes para a transmissão de TV, disse ontem que o Oscar vai acontecer. Ele, no entanto, admitiu que tudo pode mudar na manhã de domingo, de acordo com o que acontecer na guerra contra o Iraque.

A dúvida sobre a realização do Oscar se arrasta desde o início da semana, quando o presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou a guerra.

Segundo Cates, não há recomendação da Casa Branca, em Washington, para adiar a cerimônia.

Ausências

Por enquanto, apenas o ator Will Smith, que seria um dos apresentadores do prêmio, afirmou que não vai à cerimônia. Smith disse que "não há clima" para fazer a maior festa do cinema mundial. Ele nega que sua ausência seja um protesto.

Há boatos de que Tom Hanks e Nicole Kidman, candidata a Melhor Atriz, também podem desistir de ir à festa.

O diretor de "O Homem Sem Passado", o finlandês Aki Kaurismäki, já garantiu que não vai. Seu longa concorre a Melhor Filme Estrangeiro. Ao contrário de Will Smith, astro de "Men in Black" e indicado ao Oscar do ano passado por "Ali", o diretor finlandês afirma que não vai em protesto à posição dos EUA em relação à guerra.

A Academia tem ciência do desconforto em realizar a cerimônia em plena guerra. Por isso, reforçou a segurança e cortou o glamour da festa. Não haverá mais a entrada das estrelas pelo tapete vermelho, onde todos paravam para ser fotografados e entrevistados, e o tom da entrega será sóbrio, segundo a produção.

O Oscar, no entanto, deve ser palco de protestos contra a guerra, mas que não devem ser mostrados na TV. A Academia pode até mesmo censurar discursos que citem a guerra no Iraque.

Medo do terrorismo

O medo da Academia não é recente. Desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 aos EUA, o Oscar ganhou novas regras.

Desde então, jornalistas estrangeiros e convidados são submetidos a uma rigorosa revista com detectores de metais do mesmo tipo dos utilizados em aeroportos para entrar na sede da Academia. Foi assim no anúncio dos indicados, que aconteceu no teatro que existe no local, em 11 de fevereiro passado.

A exigência de documentos também aumentou e cada pessoa que é credenciada deve tirar uma foto digital que fica arquivada na Academia junto dos dados pessoais.

A Academia, no entanto, garante a todos os artistas convidados que não é preciso ter medo, e os encoraja a ir à festa deste domingo.

O brasileiro Caetano Veloso, por exemplo, está em Los Angeles desde sexta-feira da semana passada. Ele tem ido com frequência aos ensaios no Kodak Theatre, na Hollywood Boulevard, onde acontece a cerimônia.

Se realmente acontecer, a festa de domingo terá interrupções com o noticiário da rede ABC, detentora dos direitos de transmissão do Oscar, com flashes sobre a guerra.

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