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24/08/2007 - 09h47

Em "O Grande Chefe", Lars von Trier satiriza mundo corporativo

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SÉRGIO RIZZO
do Guia da Folha

O humor negro do dinamarquês Lars von Trier já havia dado as caras em "Os Idiotas" (98), "Dogville" (03) e "Manderlay" (05), mas encontra uma autêntica comédia como veículo em "O Grande Chefe". Comédia à moda Von Trier, é bom que se diga: o próprio cineasta apresenta e comenta o filme em "off", outra vez se inspirando no dramaturgo alemão Bertolt Brecht para obter certo distanciamento, e os trepidantes movimentos de câmera produzem incômodo e inquietação.

Ironias sobre interpretação, teatro, dinamarqueses e islandeses fornecem as linhas mestras dessa fábula contemporânea ambientada no mundo corporativo. Um ator decadente (Jens Albinus, de "Os Idiotas" e "Dançando no Escuro") é contratado pelo dono de uma empresa (Peter Gantzler, de "Italiano para Principiantes") para fazer o papel de "grande chefe" --função fictícia inventada pelo executivo para atribuir a ele decisões impopulares.

Não demora muito, contudo, para que o ator passe a gostar do personagem, se incomode com problemas éticos envolvidos na negociação da empresa (motivo de sua presença, por exigência do comprador) e instale um espírito de farsa que, embora dinamarquês até a medula, satiriza genericamente quem faz da vida no trabalho a própria vida.

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