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25/04/2003
-
04h33
Procuram-se espectadores de olhos bem abertos. Com uma sessão do aguardado documentário vencedor do Oscar "Tiros em Columbine", de Michael Moore, as salas paulistanas Cinearte abrem às 22h de hoje uma vigília cinematográfica que se estenderá até às 6h de amanhã.
Serão exibidos, na sequência do libelo antiarmamentista de Moore, o chinês "Bicicletas em Pequim", de Wang Xiaoshuai (que acompanha o percurso de um jovem do interior da China para a capital), o argentino "Kamchatka", de Marcelo Piñeyro (mesmo realizador de "Plata Quemada", que se dedica aqui a abordar o período da ditadura argentina pelo ponto de vista de uma criança), e o inglês "A Festa Nunca Termina", de Michael Winterbottom (que reconstitui uma Inglaterra embevecida com o lema comportamental "sexo, drogas e rock'n'roll").
A programação se encerra com um café da manhã, servido a todo espectador que apresentar o canhoto do ingresso de pelo menos uma das sessões.
Em comum, os filmes escalados têm "o ineditismo no Brasil e o sabor de impacto", como afirma Adhemar Oliveira, proprietário do Cinearte.
Déficit
O objetivo da maratona é atrair a atenção do público e de possíveis interessados em investir na manutenção das salas. Único cinema remanescente no prédio do Conjunto Nacional, na avenida Paulista, o Cinearte opera deficitariamente e está sob ameaça de fechamento.
Um acordo dos exibidores com a administração do Conjunto resultou na diminuição do valor do condomínio. Negociação semelhante está sendo feita com o proprietário das salas, para reduzir o aluguel.
"O condomínio está ajudando, porque tem muito interesse na manutenção do Cinearte. Estamos fazendo a nossa parte. Em contrapartida, o cinema terá que se modernizar dentro de um prazo", diz Vilma Peramezza, síndica do Conjunto Nacional.
Oliveira afirma que há dois anos aprovou um projeto para o Cinearte na Lei Rouanet e, desde então, busca patrocinadores, sem sucesso.
"[Os prováveis patrocinadores] Viam o óbvio: como o volume de gastos é muito grande, o dinheiro teria de ser usado no pagamento das despesas fixas, e não sobraria para investir em novas atividades. Estamos buscando diminuir o gasto fixo, para ter condições de apostar, de correr mais riscos na programação", diz.
MARATONA SOS CINEARTE
Onde: Cinearte (av. Paulista, 2.073, tel. 0/xx/11/3285-3696) Quando: a partir das 22h. Quanto: R$ 3 (cada sessão)
Sala pede ajuda com noite de vigília cinematográfica
da Folha de S.PauloProcuram-se espectadores de olhos bem abertos. Com uma sessão do aguardado documentário vencedor do Oscar "Tiros em Columbine", de Michael Moore, as salas paulistanas Cinearte abrem às 22h de hoje uma vigília cinematográfica que se estenderá até às 6h de amanhã.
Serão exibidos, na sequência do libelo antiarmamentista de Moore, o chinês "Bicicletas em Pequim", de Wang Xiaoshuai (que acompanha o percurso de um jovem do interior da China para a capital), o argentino "Kamchatka", de Marcelo Piñeyro (mesmo realizador de "Plata Quemada", que se dedica aqui a abordar o período da ditadura argentina pelo ponto de vista de uma criança), e o inglês "A Festa Nunca Termina", de Michael Winterbottom (que reconstitui uma Inglaterra embevecida com o lema comportamental "sexo, drogas e rock'n'roll").
A programação se encerra com um café da manhã, servido a todo espectador que apresentar o canhoto do ingresso de pelo menos uma das sessões.
Em comum, os filmes escalados têm "o ineditismo no Brasil e o sabor de impacto", como afirma Adhemar Oliveira, proprietário do Cinearte.
Déficit
O objetivo da maratona é atrair a atenção do público e de possíveis interessados em investir na manutenção das salas. Único cinema remanescente no prédio do Conjunto Nacional, na avenida Paulista, o Cinearte opera deficitariamente e está sob ameaça de fechamento.
Um acordo dos exibidores com a administração do Conjunto resultou na diminuição do valor do condomínio. Negociação semelhante está sendo feita com o proprietário das salas, para reduzir o aluguel.
"O condomínio está ajudando, porque tem muito interesse na manutenção do Cinearte. Estamos fazendo a nossa parte. Em contrapartida, o cinema terá que se modernizar dentro de um prazo", diz Vilma Peramezza, síndica do Conjunto Nacional.
Oliveira afirma que há dois anos aprovou um projeto para o Cinearte na Lei Rouanet e, desde então, busca patrocinadores, sem sucesso.
"[Os prováveis patrocinadores] Viam o óbvio: como o volume de gastos é muito grande, o dinheiro teria de ser usado no pagamento das despesas fixas, e não sobraria para investir em novas atividades. Estamos buscando diminuir o gasto fixo, para ter condições de apostar, de correr mais riscos na programação", diz.
MARATONA SOS CINEARTE
Onde: Cinearte (av. Paulista, 2.073, tel. 0/xx/11/3285-3696) Quando: a partir das 22h. Quanto: R$ 3 (cada sessão)
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