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Kevin Kline lança na ONU filme sobre tráfico de escravas sexuais
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da Efe, em Nova York
O ator Kevin Kline lança na ONU seu mais novo filme, "Trade", que trata do lucrativo negócio do tráfico de humanos a partir da reconstituição de um caso real de escravas sexuais mexicanas descoberto nos Estados Unidos.
Phil McCarten/Reuters |
Ator Kevin Kline lança o filme "Trade" sobre tráfico de pessoas nos Estados Unidos |
O longa, dirigido por Marco Kreuzpaintner, foi exibido pela primeira vez na noite de quarta-feira (19), na sede da ONU.
As diferentes histórias do filme foram inspiradas numa reportagem publicada há três anos na revista dominical do "The New York Times". O texto jornalístico tratava da inesperada descoberta, no ano de 2002, de uma rede escravas sexuais mexicanas num subúrbio do estado de Nova Jersey.
Kline disse em entrevista coletiva anterior à exibição do filme que a fita tenta humanizar um fenômeno que, segundo cálculos da ONU, afeta quase um milhão de pessoas e movimenta US$ 32 bilhões por ano.
"Quisemos fazê-lo da forma mais real possível, mas sem sensacionalismo. O filme te vira o estômago, te alarma e te inquieta, como tem que ser", acrescentou.
Na entrevista, Kline esteve acompanhado da diretora da organização Equality Now, Taiana Bien-Aimé, e do diretor-executivo do Escritório das Nações Unidas para as Drogas e o Crime (UNODC), Antonio María Costa.
"Este filme quer deixar claro que este fenômeno ocorre em todas as partes, até num subúrbio de Nova Jersey. O tráfico de seres humanos é a escravidão dos nossos dias", declarou Costa.
O diplomata também disse que as vítimas diárias dos traficantes geralmente são crianças, mulheres e homens vulneráveis do mundo em desenvolvimento, quase sempre atraídos para outros países com falsas promessas e que acabam em bordéis clandestinos, como soldados em milícias armadas ou como empregados de patrões inescrupulosos.
Costa também agradeceu pelo impacto que o filme possa vir a ter na hora de tornar este problema "de escala mundial" ainda mais conhecido.
Os US$ 5.000 pagos pelas pessoas que assistirão ao filme na ONU, assim como parte da renda do longa, serão destinados aos programas que o UNODC e várias ONGs promovem contra este tipo de crime.
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