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20/05/2003
-
17h07
free-lance para a Folha Online
Em Cannes para promover o brasileiro "Carandiru", ao lado de Hector Babenco e de outros integrantes do elenco, a atriz Maria Luisa Mendonça disse que acredita que o filme possa ganhar algum prêmio do festival, que termina no próximo domingo, dia 25.
Antes de embarcar para o balneário francês de Cannes, a atriz, que interpreta a Dalva de "Carandiru", falou sobre sua expectativa para o festival, sobre o cinema brasileiro e seus próximos projetos.
Veja trechos da entrevista:
Folha Online - Essa é a sua segunda vez em Cannes (a primeira foi com "Coração Iluminado", em 1998). Como foi a estréia no festival francês?
Maria Luisa Mendonça - Cannes tem um lado comercial que eu não conhecia, mas ainda tem um glamour, com tapete vermelho e aquela tela gigante. Foi a minha primeira vez num festival, logo com meu primeiro longa. E foi a primeira vez que vi o filme pronto. Foi tudo muito impactante. Recebi boas críticas da imprensa italiana e francesa, que me colocaram pra cima. Eu estava com uma expectativa grande, mas o prêmio de atriz acabou dividido entre duas jovens atrizes francesas [Élodie Bouchez e Natacha Régnier empataram pelo filme "A Vida Sonhada dos Anjos"].
Mesmo assim foi muito legal, me senti reconhecida e valorizada. O personagem também era grande, diferente do que acontece em "Carandiru". É um grande festival, onde você encontra grandes atores.
Folha Online - E desta vez, alguma expectativa?
Maria Luisa Mendonça - Desta vez acho que vou aproveitar mais. Tenho uma sensação de leveza. Já ter ido antes me deixa mais tranquila. Estou a fim de curtir, aproveitar para ver os filmes e conhecer pessoas que fazem o que eu amo: cinema. O grupo está com uma alegria muito grande, com a sensação de que estamos muito bem, que o nosso cinema tem qualidade, que somos profissionais pra caramba, e estamos ali como todos que estão ali, fazendo filmes.
Folha Online - Você acredita nas chances de o filme receber algum prêmio?
Maria Luisa Mendonça - Acredito no filme, sim, que tem muita qualidade técnica. Para algum intérprete é mais complicado, já que o elenco é multifacetado, é enorme.
Folha Online - Você prefere ter seu talento reconhecido pelo público ou pela crítica?
Maria Luisa Mendonça - Os dois são muito bons. Reconhecimento é muito bom. É ótimo ouvir a crítica de alguém que tem preparo, um olhar trabalhado, mas também é legal ouvir uma pessoa que não tem esse preparo, mas é sensível.
Folha Online - O filme foi exibido no Teatro Lumière. Como foi a sua programação?
Maria Luisa Mendonça -Temos que fazer várias entrevistas para a imprensa que está em Cannes. Fico por lá até o dia da premiação, depois vou tirar alguns dias para viajar pela França.
Folha Online - No ano passado, "Cidade de Deus" foi exibido fora da mostra competitiva. Mas Fernando Meirelles, que também é produtor, voltou empolgado por ter assegurado a distribuição do filme em quase todo mercado europeu. "Carandiru" já tem distribuição garantida ou o festival também vai servir a esse propósito?
Maria Luisa Mendonça - Sempre serve. Cannes também tem esse caráter comercial, com todo mundo trocando cartões. E todos estão antenados no que está acontecendo, principalmente nos filmes da mostra competitiva, como é o caso de "Carandiru". Tem ainda a força da Sony Classics, que está lançando o filme. Acho tudo isso muito bom, e o Hector merece isso.
Folha Online - A Globo Filmes ajuda nesse sentido?
Maria Luisa Mendonça - A Globo distribuiu o filme no mercado nacional. Mas lá fora é a Sony Classics.
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SANDRO MACEDOfree-lance para a Folha Online
Em Cannes para promover o brasileiro "Carandiru", ao lado de Hector Babenco e de outros integrantes do elenco, a atriz Maria Luisa Mendonça disse que acredita que o filme possa ganhar algum prêmio do festival, que termina no próximo domingo, dia 25.
Antes de embarcar para o balneário francês de Cannes, a atriz, que interpreta a Dalva de "Carandiru", falou sobre sua expectativa para o festival, sobre o cinema brasileiro e seus próximos projetos.
Veja trechos da entrevista:
Divulgação |
A atriz, como Dalva |
Maria Luisa Mendonça - Cannes tem um lado comercial que eu não conhecia, mas ainda tem um glamour, com tapete vermelho e aquela tela gigante. Foi a minha primeira vez num festival, logo com meu primeiro longa. E foi a primeira vez que vi o filme pronto. Foi tudo muito impactante. Recebi boas críticas da imprensa italiana e francesa, que me colocaram pra cima. Eu estava com uma expectativa grande, mas o prêmio de atriz acabou dividido entre duas jovens atrizes francesas [Élodie Bouchez e Natacha Régnier empataram pelo filme "A Vida Sonhada dos Anjos"].
Mesmo assim foi muito legal, me senti reconhecida e valorizada. O personagem também era grande, diferente do que acontece em "Carandiru". É um grande festival, onde você encontra grandes atores.
Folha Online - E desta vez, alguma expectativa?
Maria Luisa Mendonça - Desta vez acho que vou aproveitar mais. Tenho uma sensação de leveza. Já ter ido antes me deixa mais tranquila. Estou a fim de curtir, aproveitar para ver os filmes e conhecer pessoas que fazem o que eu amo: cinema. O grupo está com uma alegria muito grande, com a sensação de que estamos muito bem, que o nosso cinema tem qualidade, que somos profissionais pra caramba, e estamos ali como todos que estão ali, fazendo filmes.
Folha Online - Você acredita nas chances de o filme receber algum prêmio?
Maria Luisa Mendonça - Acredito no filme, sim, que tem muita qualidade técnica. Para algum intérprete é mais complicado, já que o elenco é multifacetado, é enorme.
Folha Online - Você prefere ter seu talento reconhecido pelo público ou pela crítica?
Maria Luisa Mendonça - Os dois são muito bons. Reconhecimento é muito bom. É ótimo ouvir a crítica de alguém que tem preparo, um olhar trabalhado, mas também é legal ouvir uma pessoa que não tem esse preparo, mas é sensível.
Folha Online - O filme foi exibido no Teatro Lumière. Como foi a sua programação?
Maria Luisa Mendonça -Temos que fazer várias entrevistas para a imprensa que está em Cannes. Fico por lá até o dia da premiação, depois vou tirar alguns dias para viajar pela França.
Folha Online - No ano passado, "Cidade de Deus" foi exibido fora da mostra competitiva. Mas Fernando Meirelles, que também é produtor, voltou empolgado por ter assegurado a distribuição do filme em quase todo mercado europeu. "Carandiru" já tem distribuição garantida ou o festival também vai servir a esse propósito?
Maria Luisa Mendonça - Sempre serve. Cannes também tem esse caráter comercial, com todo mundo trocando cartões. E todos estão antenados no que está acontecendo, principalmente nos filmes da mostra competitiva, como é o caso de "Carandiru". Tem ainda a força da Sony Classics, que está lançando o filme. Acho tudo isso muito bom, e o Hector merece isso.
Folha Online - A Globo Filmes ajuda nesse sentido?
Maria Luisa Mendonça - A Globo distribuiu o filme no mercado nacional. Mas lá fora é a Sony Classics.
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